O presente ensaio busca fortalecer a práxis do sistema socioeducativo, ao promover reflexões sobre temas como desenvolvimento humano na adolescência, infração juvenil e o caráter socioeducativo dos processos de responsabilização, à luz da psicologia cultural do desenvolvimento. O texto se divide em três partes. Na primeira, apresenta-se um esboço das tendências contemporâneas da psicologia e o modo como estas têm problematizado a concepção de desenvolvimento humano da chamada psicologia moderna. A segunda enfatiza as contribuições que as perspectivas culturalistas em psicologia têm oferecido à discussão teórica e às práticas sociais com a adolescência, delineando-se as bases para uma compreensão sociocultural do fenômeno da infração juvenil. Por último, discute-se o conceito de cultura socioeducativa, com o intuito de problematizar algumas ideias arraigadas no cotidiano do trabalho na área e contribuir para explicar algumas das dificuldades enfrentadas nesse cotidiano. Sem pretender ser conclusivo, o texto tece considerações finais que apontam para outras contribuições da psicologia cultural do desenvolvimento para a qualificação da justiça juvenil, em especial a importância de observar os aspectos culturais nas pesquisas e na atuação com os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. Palavras-chave: adolescência; desenvolvimento humano; psicologia cultural do desenvolvimento; socioeducação.
RESUMO No contexto de implantação da reforma psiquiátrica brasileira, importantes conquistas foram obtidas com a proposição de serviços substitutivos ao manicômio. Contudo, a desinstitucionalização da loucura ultrapassa a esfera da desospitalização e se constitui, ainda, em um desafio cada vez mais atual. Para avançar nessa problemática, a comunidade tem sido crescentemente destacada como espaço potencialmente rico na produção coletiva da saúde mental. Contudo, observam-se poucos questionamentos e discussões quanto às concretas possibilidades terapêuticas desse lugar. Nesse sentido, a Psicologia Comunitária traz alguns aportes que permitem refletir acerca do modo de entendimento desse termo e dos processos comunitários em geral. Assim, a proposta deste artigo é situar algumas contribuições da Psicologia Comunitária para fomentar a desinstitucionalização nos próprios serviços de saúde mental e para além destes.
A poesia prevalece!!! O primeiro senso é a fuga. Bom... Na verdade é o medo. Daí então a fuga. Evoca-se na sombra uma inquietude uma alteridade disfarçada... Inquilina de todos nossos riscos... A juventude plena e sem planos... se esvai O parto ocorre. Parto-me. Aborto certas convicções. Abordo demônios e manias Flagelo-me Exponho cicatrizes E acordo os meus, com muito mais cuidado. Muito mais atenção! E a tensão que parecia não passar, "O ser vil que passou pra servir... Pra discernir..." Pra harmonizar o tom. Movimento, som Toda terra que devo doar! Todo voto que devo parir Não dever ao devir Não deixar escoar a dor! Nunca deixar de ouvir... com outros olhos! Amadurescência (Fernando Anitelli) vi AGRADECIMENTOSAgradeço à Secretaria de Estado de Políticas para a Criança, o Adolescente e a Juventude do Governo do Distrito Federal pelo afastamento remunerado durante 30 meses concedido a mim, na qualidade de servidora pública da instituição, bem como pela aceitação e receptividade para com a realização da pesquisa-intervenção em uma das unidades de atendimento em meio aberto (UAMAs).Agradeço pela disponibilidade de todos os profissionais que, no período de janeiro a abril de 2016, compunham a equipe socioeducativa da unidade que acolheu esta pesquisa e colaborou com ela, em especial à supervisora e aos especialistas socioeducativos que ajudaram na condução e coordenação de alguns encontros grupais. Além dessas pessoas, sou grata ao servidor Wellington de Almeida, que, na figura de supervisor de uma das UAMAs, autorizou e contribuiu para o fornecimento de lanches aos participantes e profissionais que construíram esta investigação.Agradeço às pessoas e aos grupos que, de modo generoso e engajado, colaboraram com algumas das oficinas realizadas: Neemias, Nathan, Thamires, Celso, Prof. Geldo, Jeconias, Grupo Pracatá e Grupo Mantendo a Identidade.Agradeço muitíssimo aos 11 adolescentes que participaram desta pesquisaintervenção. Além de me ensinarem sobre grupo, adolescência, atendimento socioeducativo e todo o contexto que circunda a infração juvenil, eles me proporcionaram inúmeros momentos de alegria, risadas e afetos.Agradeço, com muito carinho, aos colegas e amigos que conheci no Grupo de Ação e Investigação das Adolescências (GAIA), da Universidade de Brasília, pelas leituras coletivas, pelos debates, pelas conversas, pelos estímulos, pela troca de saberes e aprendizados. De modo especial, destaco a colaboração voluntária de três auxiliares de pesquisa/estagiários, vii desde o projeto-piloto de oficinas temáticascom a participação de Marcos Vinicius de Oliveira e Cássio Tessmere, posteriormente, ao longo de todos os encontros da pesquisaintervenção, com a presença da estudante de graduação Jaqueline Souza, que ajudou enormemente na condução das atividades do grupo de prestação de serviço à comunidade.Agradeço aos membros da banca, Profa.
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