RESUMOOs antimicrobianos da classe dos carbapenêmicos são de suma importância para o tratamento das infecções bacterianas causadas por microrganismos gram negativos produtores de betalactamase de espectro estendido (ESBL). O uso racional desses antimicrobianos é fundamental para o sucesso terapêutico do tratamento e para redução do impacto no desenvolvimento posterior de resistência bacteriana a esses fármacos. Para otimizar a monitorização desses tratamentos, faz necessário o seu gerenciamento através de programas de gerenciamento da terapia antimicrobiana (PGTA), tal estratégia de combate a propagação da resistência bacteriana, já vem sendo uma realidade no Brasil há alguns anos e em 2017 a ANVISA publicou o primeiro guia para nortear sua implantação. Dentro do bundle de estratégias elencados ao PGTA, tem-se o step down, que se trata da simplificação da terapia antimicrobiana, visando o melhor desfecho e a maior comodidade terapêutica para o paciente. A partir da aplicação dessa estratégia entre os carbapenêmicos meropenem e ertapenem, consegue-se alcançar a desospitalização do paciente para que ele finalize seu tratamento ambulatorialmente em hospital dia, a prática da terapia antimicrobiana parenteral ambulatorial (OPAT) tem sido uma alternativa bastante utilizada para redução do tempo de internação e maior comodidade terapêutica para o paciente. Neste trabalho visamos avaliar as OPAT realizadas na instituição a partir dos pacientes que foram inclusos no acompanhamento do PGTA e tiveram desospitalização após realização de step down entre meropenem e ertapenem.
Objetivo: Identificar, quantificar e classificar, de acordo com o grau de gravidade, as interações medicamentosas potenciais (IMP) presentes nas prescrições de medicamentos orais de pacientes internados em unidade de transplante. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo e retrospectivo realizado a partir das prescrições de pacientes internados em uma unidade de transplante renal e hepático. Onde foram coletados dados de 831 prescrições e deste total, selecionadas 223, as quais foram submetidas ao rastreamento de possíveis interações do tipo medicamento-medicamento pela ferramenta online Micromedex®. Resultados: As prescrições selecionadas apresentaram entre 1 e 21 medicamentos (média de 8 ± 4), sendo identificadas 216 interações medicamentosas potenciais; deste total, foram encontrados os seguintes resultados quanto à gravidade desses potenciais eventos: maior (62,03 %), moderada (31,94 %) e menor (6,01%). Através da análise realizada, um total de 66,66% (n=46) dos pacientes avaliados, apresentou potenciais interações medicamentosas em suas prescrições, com média de 3,13 IMP por paciente. Foi possível observar que mais de 50% dos pacientes obtiveram interações medicamentosas potenciais em suas prescrições, dentre as quais os imunossupressores foram envolvidos em 49,52% do total de interações. Conclusão: Foi possível observar que a alta frequência das interações medicamentosas potenciais nos pacientes transplantados ocorre possivelmente devido a quantidade de medicamentos prescritos concomitantemente, em razão das diversas comorbidades que estes pacientes apresentam, pois quanto maior o número de fármacos prescritos, maior a probabilidade de haver este tipo de interação. As IMP mais presentes foram de gravidade maior, o que ressalta a importância do monitoramento do paciente para a tomada de decisão adequada pelo corpo clínico promovendo segurança ao paciente.
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