Objetivo: Identificar, quantificar e classificar, de acordo com o grau de gravidade, as interações medicamentosas potenciais (IMP) presentes nas prescrições de medicamentos orais de pacientes internados em unidade de transplante. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo e retrospectivo realizado a partir das prescrições de pacientes internados em uma unidade de transplante renal e hepático. Onde foram coletados dados de 831 prescrições e deste total, selecionadas 223, as quais foram submetidas ao rastreamento de possíveis interações do tipo medicamento-medicamento pela ferramenta online Micromedex®. Resultados: As prescrições selecionadas apresentaram entre 1 e 21 medicamentos (média de 8 ± 4), sendo identificadas 216 interações medicamentosas potenciais; deste total, foram encontrados os seguintes resultados quanto à gravidade desses potenciais eventos: maior (62,03 %), moderada (31,94 %) e menor (6,01%). Através da análise realizada, um total de 66,66% (n=46) dos pacientes avaliados, apresentou potenciais interações medicamentosas em suas prescrições, com média de 3,13 IMP por paciente. Foi possível observar que mais de 50% dos pacientes obtiveram interações medicamentosas potenciais em suas prescrições, dentre as quais os imunossupressores foram envolvidos em 49,52% do total de interações. Conclusão: Foi possível observar que a alta frequência das interações medicamentosas potenciais nos pacientes transplantados ocorre possivelmente devido a quantidade de medicamentos prescritos concomitantemente, em razão das diversas comorbidades que estes pacientes apresentam, pois quanto maior o número de fármacos prescritos, maior a probabilidade de haver este tipo de interação. As IMP mais presentes foram de gravidade maior, o que ressalta a importância do monitoramento do paciente para a tomada de decisão adequada pelo corpo clínico promovendo segurança ao paciente.
Objetivo: O presente trabalho teve por objetivo identificar a prevalência de β-lactamases e carbapenemases em culturas de receptores de rim atendidos em um hospital universitário de Fortaleza, Ceará. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, realizado entre janeiro de 2017 a dezembro de 2020 em um hospital universitário de Fortaleza,Ceará. Foram incluídos no estudo pacientes internados na enfermaria de transplante renal (12 leitos), acompanhados pelos farmacêuticos do “Antimicrobial Stewardship Program” (ASP) e em uso de antimicrobianos padronizados na instituição como de reserva terapêutica por no mínimo 48 horas. Resultados: Prevaleceram pacientes do sexo masculino (53,2%), desfecho clínico de alta e óbito no total de ambos os sexos foi 96,5% e 3,5% respectivamente. Foram analisadas 684 culturas, porém apenas 166 tiveram crescimento de microrganismos, sendo 9 de natureza fúngica, 34 bactérias gram-positivas e 123 bactérias gram-negativas. Dentre os isolados a maior prevalência foi de Klebsiella pneumoniae 39,0% (n=47), sendo 54,3% (n=19) bactérias produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) e 88,2% (n=15) enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC) e quanto aos tipos de cultura, observou-se em maior número urocultura (57,7%). Conclusões: Uma alta prevalência de Klebsiella pneumoniae foi observada, e também foi o microorganismo mais frequente em ESBL e ERC. Infecções após o transplante renal são causas de morbidade e mortabilidade significativas, e muitas vezes de difícil diagnóstico em pacientes imunossuprimidos, é interessante que o uso racional de antimicrobianos esteja bastante estabelecido, tendo vista que quanto mais exposição ao uso destes medicamentos, ocorre o favorecimento da seleção de cepas multirresistentes.
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