Os cursos de formação de professores devem considerar a necessidade de que os professores compreendam os conteúdos de sua área de conhecimento e saibam como ensiná-los a alunos diversos. Dessa forma, os docentes necessitam tempo e oportunidades significativas de aprendizagem, de forma que possam repensar suas práticas em sala de aula e construir práticas novas, viáveis e significativas para os alunos. No presente trabalho o objetivo foi discutir o tema formação de professores e uma possibilidade de reflexão da prática docente por meio de um instrumento que chamamos Diário da Prática Pedagógica, que pode ser uma possibilidade para favorecer a reflexão e discussão sobre as práticas docentes, tanto em períodos de estágio como já na atuação do professor em exercício.
Palavras-chave: formação de professores, Diário da Prática Pedagógica, estágios profissionais.
<title>RESUMO:</title><p>O presente artigo propõe pensar sobre o processo de individuação na formação de professores, aprofundando o olhar nos processos que permeiam a formação docente, muitas vezes legitimada por modos de ser que delimitam uma "forma". Utilizamos, principalmente, o diálogo teórico entre o escritor Mia Couto e o filósofo Gilbert Simondon, para trazer à tona a operação de individuação que lida com outros tempos e espaços formativos. A individuação que conversa com a literatura nos permite perceber a processualidade do vivo, em seu caráter de inacabamento, e das nossas individuações infinitas, efetuadas pelo afetivo. Mia Couto, através da sua escrita literária, ilustra a não-identidade de Simondon e de como acessamos o mundo (e somos acessados por ele) quando nos desvencilhamos de modos de ser definidos e determinados. Assim, desconstruimos o indivíduo tomado como entidade acabada e fazemos aparecer o sujeito em co-existência com o mundo.</p>
O presente trabalho visa trazer diferentes olhares sobre a concepção de aprendizagem, a partir de encontros produzidos num espaço de formação de professores. Com a temática da Invenção de Virgínia Kastrup, ensaiamos outros modos de pensar o aprender, deixando de ser concebido exclusivamente como resolução de problemas, para modos que envolvam o compartilhamento de experiências de problematização, abertura, ética e produção de diferença.
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