Introdução: os estudantes dos cursos de comunicação veem nas rádios universitárias a oportunidade do desenvolvimento das competências necessárias para o mercado de trabalho. Objetivo: descrever os efeitos perceptivo-auditivos de um treinamento de comunicação oral em locutores de uma rádio universitária. Método: aplicou-se o Programa de Desenvolvimento da Expressividade para Comunicação Oral em oito locutores. Ocorreram oito encontros de duas horas, cada. Coletou-se no primeiro e último encontro, o material para avaliação perceptivo-auditiva em que os participantes liam um texto informativo. As amostras foram aleatorizadas e dicotomizadas em Leitura A e Leitura B. Dois locutores tiveram as suas leituras duplicadas para análise da confiabilidade interna. Três fonoaudiólogas realizaram análise deste material sem conhecer o período ao qual elas pertenciam. Considerou-se apenas o julgamento daquela que mostrou maior coeficiência interna. Resultados: dos oito pares de leituras avaliados, seis foram considerados diferentes após o treinamento. Desses seis pares diferentes, quatro foram melhores após a intervenção. A associação da voz, fala e interpretação apontou-se como razão da escolha em três dessas leituras sendo a mudança mais evidente, a dicção. Os valores das notas das leituras após o treinamento mostraram-se superiores. As vozes com desvio leve tiveram uma discreta redução. A frequência vocal permaneceu inadequada, diferente dos demais recursos vocais que mostraram singela melhora: intensidade, velocidade de fala, pausas, modulação e ênfases. Conclusão: as notas das leituras, a qualidade vocal e alguns recursos vocais, exceto a frequência da fala, mostraram discreta evolução ao final do treinamento.

Introdução: os treinamentos para o desenvolvimento da comunicação oral podem melhorar a autopercepção da fala e da voz, principalmente, em situações de fala em público. Objetivo: descrever a autopercepção dos efeitos de um treinamento para a comunicação oral dos locutores de uma rádio universitária em situações de fala em público. Método: este é um estudo antes e após intervenção. Foi aplicado o Programa de Desenvolvimento da Expressividade para Comunicação Oral em oito locutores durante oito encontros de duas horas de duração. O questionário de Autoavaliação das Habilidades de Voz e Fala em Diversos Contextos Comunicativos foi aplicado no primeiro e no último encontro. Resultados: a amostra constituiu-se, majoritariamente, por mulheres jovens, solteiras e estudantes, que trabalhavam por meio período durante três dias. As situações de fala em público que no início do treinamento ocorriam eventualmente passaram a ser mais frequentes. Houve redução nos sintomas de nervosismo, ansiedade, preocupação e confusão no conteúdo durante o discurso. A percepção de tremor e quebras na voz reduziram, e o sintoma de fala mais rápido aumentou. Houve relato prévio de que os interlocutores avaliavam a sua dicção variável com a situação, e ao final, afirmaram que era igual ao habitual. No término, segundo eles, as pessoas avaliavam a sua comunicação como boa. Conclusão: o treinamento resultou discretamente na autopercepção positiva para organização do discurso e nos sintomas de desvios vocais e alterações na fala dos locutores.

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