A conservação de sementes intolerantes à dessecação como as do gênero Eugenia é realizada com alto grau de umidade, favorecendo o ataque de microrganismos. Essa interação da semente com fungos de armazenamento pode acelerar consideravelmente a velocidade de deterioração das mesmas. O tratamento com fungicidas pode contaminar o meio ambiente com resíduos tóxicos, tornando necessário o desenvolvimento de métodos alternativos como os tratamentos térmicos e osmóticos. No presente trabalho, objetivou-se analisar a influência da redução do teor de água e a eficiência de tratamentos térmicos (imersão das sementes em água, de 35 °C a 75 °C, por 30 a 150 min), osmóticos (imersão contínua em solução osmótica a -1,5 MPa a -4,0 MPa) e químicos (fungicidas carboxin+tiram, captan e carbendazin+tiram) na redução do potencial de inóculo inicial de fungos. Os tratamentos químicos foram os mais eficientes para o controle de Penicillium sp., Cladosporium sp., Fusarium sp., Pestalotiopsis sp. e Alternaria sp., detectados com mais frequência em sementes de Eugenia brasiliensis (grumixameira), E. pyrifomis (uvaieira) e E. uniflora (pitangueira). Tratamentos térmicos e osmóticos demonstram grande potencial de controle, mas necessitam ajustes metodológicos, incluindo-se a associação de ambos e a reaplicação dos tratamentos durante o armazenamento.
O mecanismo de resistência por produção de betalactamases de espectro ampliado (ESBL) vem sendo cada vez mais frequente em saúde pública, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade. O objetivo deste estudo foi analisar os casos ocorridos de ESBL em enterobactérias isoladas de uroculturas de pacientes ambulatoriais. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo de delineamento transversal, do tipo documental retrospectivo. Os dados foram coletados a partir dos registros de uroculturas de pacientes comunitários atendidos em um Laboratório de Análises da rede privada, localizado em Montes Claros, Minas Gerais, no período de outubro de 2016 a setembro de 2017. Foram analisados 6.248 registros de uroculturas, sendo 15,7% (n=984) positivas. Dentre as positivas, 79,4% (n=781) eram enterobactérias e 4,5% dessas (n=35) produtoras de ESBL. Entre os produtores de ESBL, as espécies mais prevalentes foram Escherichia coli (68,6%/n=24), e Klebsiella pneumoniae (25,7%/n=9). Analisando o perfil de resistência aos antimicrobianos dos ESBL, verifica-se que 100% são resistentes a todas as cefalosporinas. Observou-se também um percentual significativo de cepas resistentes a antibióticos com inibidores de betalactamases (31,4%), a quinolonas (71,4%) e a sulfametoxazol/timetoprima (71,4%). Os isolados de Klebsiella pneumoniae apresentaram uma relação significativa com 3, 76 maior chance (p<0,0008) de serem produtores de ESBL. Este estudo mostra a resistência bacteriana quanto a produção de ESBL presente em patógenos comunitários, fora do ambiente hospitalar.
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