Objective: To determine the time of diagnosis of typical orofacial clefts in different Brazilian regions and its influence on age at surgical correction.Method: This was a prospective, descriptive, cross-sectional study conducted in medical centers in the Southeast, South, and Northeast of Brazil. Trained speech therapists and geneticists interviewed the parents of affected children using a previously validated questionnaire. Epi-Info and SPSS were used for data analysis. Significance level was set at 5% (p ≤ 0.05). (30), and after hospital discharge in 10.2% (22). The Southeast had a higher frequency of prenatal diagnosis (27.7%), possibly related to greater purchasing power in this region and greater availability of prenatal investigation. Of all cases diagnosed in the maternity ward, 74.4% occurred in the Northeast. However, no significant difference was found when comparing time of diagnosis, region, and age at first surgery. Results Conclusion:Considering that diagnosis is more common in the maternity ward, local health care teams should be trained in order to effectively improve the initial care of these patients. Although time of diagnosis did not affect age at surgery, it favors the planning of neonatal care and treatment of affected infants.J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):225-230: Cleft lip, cleft palate, diagnosis, public health. ResumoObjetivo: Determinar a época do diagnóstico de fendas orofaciais típicas em diferentes regiões brasileiras e sua influência na idade da correção cirúrgica.Método: Estudo prospectivo, descritivo e transversal realizado em centros médicos do Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. Fonoaudiólogos e geneticistas treinados realizaram entrevista, previamente validada, com pais de crianças afetadas. Utilizaram-se os programas Epi-Info e SPSS. Adotou-se nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados:A amostra contou com 215 entrevistas para análise: 21,9% (47) aplicadas no Sudeste, 51,1% (110) no Sul e 27% (58) no Nordeste. A renda mensal no Sudeste foi maior (p ≤ 0,05). A fenda labiopalatal foi encontrada em 61,4% (132) dos casos, a palatal, em 20,9% (45), e a labial, em 17,7% (38). Em 75,3% (162) dos casos, o diagnóstico ocorreu na maternidade, em 14% (30), no pré-natal e, em 10,2% (22), após a alta da maternidade. O Sudeste apresentou maior frequência de diagnóstico pré-natal (27,7%), possivelmente relacionada ao maior poder aquisitivo e a oportunidades de investigação. Dos diagnósticos em maternidades, 74,4% ocorreram no Nordeste. Entretanto, não houve diferença na comparação entre época de diagnóstico, região e idade da primeira cirurgia. Conclusão:Considerando que o diagnóstico é mais frequente em maternidades, sugere-se o treinamento das equipes de saúde desses locais, visando efetiva coordenação do atendimento inicial. Apesar da época do diagnóstico não influenciar a idade das cirurgias, ela favorece o planejamento dos cuidados neonatais e terapêuticos dos afetados.J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):225-230: Fenda labial, fenda palatal, diagnóstico, saúde pública.
OBJETIVO: Traçar o perfil fonoaudiológico da comunidade do Dendê, caracterizando os aspectos de linguagem oral e escrita, voz, audição e motricidade orofacial, a partir de queixas referidas. MÉTODOS: Estudo exploratório-descritivo, realizado a partir da aplicação de protocolo abordando aspectos gerais e fonoaudiológicos, com base nas informações contidas nos prontuários das 335 famílias assistidas pela Fonoaudiologia na comunidade do Dendê, totalizando 1704 sujeitos. RESULTADOS: Grande parte das famílias do Dendê, 70%, ganha até dois salários mínimos. Observou-se que 20,6% da população infantil apresentou queixas de problemas de linguagem, sendo 21,2% delas, de dificuldade de aprendizagem escolar. Houve ocorrências do hábito de sucção de chupeta em 50,4% das crianças, seguido da mamadeira em 42,2%, com até dois anos de idade. Nas crianças entre dois e seis anos ainda observou-se uso elevado destes hábitos, sendo 31,2% uso da mamadeira e 29,7% sucção de chupeta. A sucção digital foi observada em 9,1% das crianças acima de seis anos. Houve um baixo percentual de queixas auditivas, assim como de voz, em apenas 2,2% da população. CONCLUSÃO: Foi verificado que as alterações fonoaudiológicas mais prevalentes estavam relacionadas à presença de hábitos orais, seguidas por aspectos da linguagem oral e escrita. No entanto, um baixo nível de queixas de audição e de voz foi relatado. A realização de um diagnóstico situacional ajuda no redirecionamento das atividades postas em prática na comunidade, visando a população assistida. Isto é alcançado por meio de iniciativas educativas de prevenção e promoção de saúde, as quais devem conduzir a resultados melhores, mais rápidos e mais eficazes.
No abstract
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