Disrespect and abuse (in Brazil called obstetric violence), described by different terms, is increasingly used in social activism, in academic research and public policy formulation, and was recently recognized as a public health issue by the World Health Organization. As an innovative theme, it requires a mapping its origins, definitions, typology, impacts on maternal health and proposals for its preventing and remedy. We present a critical-narrative review about this issue, including academic literature, productions of social movements and institutional documents, in Brazil and internationally. After a short historical overview, we map the definitions and types of violence. The complex causation of these forms of violence is discussed, including the role of professional training, the organization of health services, and the implications for maternal morbidity and mortality. Finally we present interventions in public health that have been used or proposed to prevent and mitigate obstetric violence, and an agenda for innovation and research in this area.
A vagina-escola: seminário interdisciplinar sobre violência contra a mulher no ensino das profissões de saúde notas breves DOI: 10.1590DOI: 10. /1807 Antecedentes Desde a década de 1950, quando se criaram as primeiras associações a apontar a "crueldade contra as grávidas", numerosas iniciativas, grupos e redes se formaram com a finalidade de visibilizar e reduzir as várias formas de desrespeito e abuso contra as mulheres na assistência ao parto 1 . O que no Brasil, hoje, chamamos de "violência obstétrica" é um tema antigo, que eclode periodicamente, sob diferentes termos 2 . Como profissionais de saúde, somos socializados a crer que nosso atendimento é sempre uma ajuda às mulheres, e ficamos chocados, às vezes hostis, diante das narrativas das parturientes que percebem nossa assistência como um abuso, um desrespeito, uma forma de indignidade 2 . As mulheres, por sua vez, receiam falar sobre o assunto, temendo melindrar aqueles dos quais podem um dia depender. É como se falar do problema provocasse sua existência, de forma que, muitas vezes, se prefere o silêncio, ou a formulação de narrativas menos ameaçadoras às relações sociais. No Brasil, a Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna), em sua carta de fundação (1993), parte do reconhecimento das "circunstâncias de violência e constrangimento em que se dá a assistência" 3 . Porém, a organização, deliberadamente, abriu mão de falar do enfrentamento à violência, ao privilegiar termos como 'humanizar o parto', 'promover os direitos humanos das mulheres' e 'melhorar o acolhimento', temendo uma reação hostil dos profissionais diante da acusação de violência 4 . Pode-se dizer que a medicina baseada em evidências (MBE), que começa na área de saúde perinatal 5 , é um movimento de profissionais de saúde aliados a movimentos de mulheres 6 preocupado em dar visibilidade às rotinas de sofrimento desnecessário no parto e aos seus efeitos prejudiciais, como: proibição da presença de familiares, imobilização física, privação de água e alimentos, lavagens retais, raspagem de pelos pubianos, entre outras. Este movimento chama a
Brazil is a middle-income country with universal maternity care, mostly by doctors. The experience of normal birth often includes rigid routines, aggressive interventions, and abusive, disrespectful treatment. In Brazil, this has been referred to as dehumanised care and, more recently, as obstetric violence. Since the early 1990s, social movements (SM) have struggled to change practices, public policies and provider training. The aim of this paper is to describe and analyse the role of SM in promoting change in maternity care, and in provider training. In this integrative review using a gender-oriented approach, we searched the Scielo database and the Ministry of Health's (MofH) publications and edicts for institutional and research papers on SM initiatives addressing disrespect and abuse in the last 25 years (1993-2018) in Brazil, and their impact on public policies and training programmes. We analyse these groups of interrelated initiatives: (1) political actions of SM resulting in changes in public policies and legislation; (2) events organised by SM for diffusion of information to the public; (3) MofH policies to humanise childbirth with participation of SM; and (4) initiatives to change providers' training, including legal actions based on obstetric violence reports. To promote real change in maternity care, the progression of policies and enabling environment of laws, regulations, and broad dissemination of information, need to go hand in hand with changes in all health providers' training - including a solid base in ethics, gender and human rights.
Superar a cultura de imobilização física no trabalho de parto e no parto ainda é um desafio no Brasil. Este trabalho identificou facilitadores e obstáculos para a implementação de maior liberdade de posição, em projeto-piloto da Iniciativa Hospital Amigo da Mulher e da Criança numa maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo, Brasil, usando metodologia orientada pelo Laboratório de Mudança (LM). A percepção de gestores e profissionais de saúde mostrou-se discrepante das opiniões das usuárias e do que foi observado. A liberdade de movimentação pareceu mais respeitada durante o trabalho de parto do que no parto. Frequentemente, as parturientes eram “posicionadas” em litotomia, considerada pelos profissionais “instintiva” ou “preferência” feminina, enquanto as mulheres relatavam não tomar iniciativas por temerem repreensões. Adequações simples da ambiência e treinamento dos profissionais para atender partos em posições não supinas podem contribuir para promover mudanças.
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