“…Contudo, no que diz respeito ao discurso do movimento pela humanização do parto e nascimento, cabe mencionar que a noção de risco também se constitui como argumento importante, à medida que dados de morbimortalidade materna e neonatal associados à cesariana desnecessária e a outras intervenções obstétricas -que culminam, muitas vezes, em uma cesárea desnecessária -também têm sido mobilizados para criticar o modelo hegemônico de assistência (Diniz, 2009). Para a autora, o debate sobre a qualidade da assistência obstétrica no Brasil recai, muitas vezes, na polaridade entre parto normal e parto cesáreo, o que seria um equívoco, já que, diante das evidências, ninguém defenderia que a cesariana sem indicações médicas não tenha resultados inferiores ao parto fisiológico.…”