O objetivo deste artigo é propor a discussão dos conceitos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização em uma perspectiva da modalidade Educação do Campo. Para tanto, foi utilizado um recorte da tese “A Educação do Campo no Munícipio de Bom Despacho (MG): Territorialização, desterritorialização e Reterritorialização”, concluída no ano de 2022. A tese teve como ponto central a elaboração de uma proposta de reterritorialização em que sujeitos historicamente desterritorializados por políticas educacionais da Educação Rural possam ter na escola do campo, permeada pela Educação do Campo, um local de referência para consolidação de seu território e sua territorialidade. O texto é resultado de pesquisa qualitativa de análise bibliográfica a partir dos estudos realizados por Haesbaert (2004, 2006 e 2009), Moreira (2016), Saquet (2006 e 2007) e Fuini (2014) que discutem a temática. Além deste estudo, enriquecemos o texto com duas situações distintas de reterritorialização ocorridas no território da pesquisa da tese. Concluímos que A Educação do Campo, Quilombola e Indígena antagonicamente à Educação Rural têm a preocupação de reconhecer as territorialidades e os territórios, de identificar como ocorre a desterritorialização e se organizar para a reterritorialização do homem e da mulher do campo tendo a escola como lugar não somente de construção de saberes sistematicamente adotados, mas também como lugar de excelência para a construção dos saberes vivenciados pelas comunidades.
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