As embalagens desempenham um papel muito importante na conservação e comercialização dos alimentos, entretanto, suas contribuições foram deixadas de lado em muitas discussões de sustentabilidade. Por muito tempo, foram tidas como um impacto ambiental indesejável e considerava-se que sua redução ou eliminação eram as melhores soluções. Entretanto, pesquisas mais recentes as identificam como ferramentas importantes para o cumprimento dos objetivos de sustentabilidade da Agenda 2030, principalmente do objetivo 12, “assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis”. Nesse contexto, o aumento da eficiência dos sistemas de embalagens de alimentos é imprescindível. Entretanto, as peculiaridades desses sistemas são várias e interagem de diferentes formas com os múltiplos atores e cenários do sistema alimentar global, o que dificulta a adoção de medidas concretas em direção ao cumprimento da agenda. Por isso, para melhor compreensão do conceito de embalagem sustentável de alimentos e do seu atual estado da arte, foi realizada uma revisão sistemática desse tópico. Com isso, foram analisados 40 trabalhos de 18 periódicos, produtos da colaboração de pesquisadores de 61 instituições de 19 países, que têm investigado o papel das embalagens nas cadeias de produção e distribuição de alimentos com diferentes metodologias. Os métodos mais adotados nessas publicações foram Revisão, Avaliação do Ciclo de Vida e Entrevistas, inclusive combinados em um mesmo trabalho, dada a complexidade do tema. Trata-se de um problema multidisciplinar que vem sendo abordado no meio científico há um certo tempo, mas que ainda contém lacunas importantes que demandam mais estudos. Os dados disponíveis ainda são limitados principalmente no sentido de quantificar e qualificar as perdas e desperdícios de alimentos associadas a embalagens inadequadas. Além disso, é preciso investigar as peculiaridades dos múltiplos sistemas embalagem-alimento, bem como a promoção do conhecimento relativo às embalagens entre consumidores no sentido de quebrar paradigmas já ultrapassados que focam no seu impacto individual. Dessa forma, foi possível reunir um corpo de conhecimento atualizado e, para além disso, um conjunto de recomendações que podem guiar pesquisas futuras.
A importância da ingestão de hortaliças na alimentação humana está inteiramente voltada para o campo nutricional, visto que este consumo se faz pela precisão de suprir as necessidades nutricionais do organismo, além das hortaliças folhosas existem as plantas alimentícias não convencionais (PANC) que são plantas ou partes de plantas (talos, cascas, folhas, sementes, flores) seguras e comestíveis, que não fazem parte dos hábitos alimentares humanos. Devido a versatilidade no preparo das hortaliças folhosas e das PANCs torna-se visível a possibilidade do desenvolvimento de novos produtos alimentícios. Para isto as análises físico-químicas de alimentos garantem um detalhamento completo da composição da matéria-prima para fins de pesquisas de novos produtos, fiscalização e controle de qualidade. O presente estudo teve como objetivo a caracterização física e química das folhas de seriguela para fins comestíveis, buscando melhores formas de consumo e possíveis aplicações em produtos alimentícios. As amostras foram coletadas na cidade de Lagoa do Ouro-PE e transportadas para a cidade de Garanhuns-PE em embalagem de polietileno à temperatura ambiente de aproximadamente 26 ºC, em seguida foram lavadas com água corrente, secas com papel toalha e realizadas as análises físico-químicas de teor de umidade, teor de cinzas, cor, pH, sólidos solúveis totais (SST), atividade de água (Aw), acidez total titulável (ATT), açúcares redutores e lipídeos. Os resultados obtidos foram teor de umidade (30,34%), teor de cinzas (3,51%), cor: luminosidade (L*) (46,27), a* (-12,33) e b* (+29,80), pH (2,39), sólidos solúveis totais (9,73 ºBrix), atividade de água (0,99 aw), acidez total titulável (0,13%), açúcares redutores (0,835 g/L) e lipídeos (6,56%) que indicam, em sua maioria, parâmetros similares a outras PANCs e hortaliças folhosas comumente utilizadas na alimentação humana em sua forma crua ou em chás e sucos, firmando a possibilidade do uso das mesmas como ingredientes em produtos alimentícios como farinhas, doces, temperos, licores, saladas entre outros. Dessa forma, a caracterização física e química das folhas de seriguela comprovou que as análises de teor de cinzas, cor, atividade de água, acidez total titulável, açúcares redutores e lipídeos foram compatíveis com as características físico-químicas desejáveis para folhas, flores e hortaliças folhosas comestíveis, demonstrando ser uma alternativa viável e com grande potencial para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios ou melhoramento de produtos já existentes no mercado.
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