Este artigo visa caracterizar a força de trabalho disponível nos hospitais públicos de Fortaleza e conhecer a relação de profissionais por leito conforme os perfis de cada um. É um estudo transversal descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com dados secundários disponíveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, contemplando 19 unidades, entre hospitais gerais e especializados. A força de trabalho dos hospitais é de 15.384 profissionais e caracterizou-se pela diversidade dos tipos de contratação, sendo mais frequentes os vínculos públicos. A equipe de enfermagem representou 40% da força de trabalho total e constitui-se por uma maioria de profissionais de nível técnico. A relação de profissionais por leito, seja referente a todas ocupações ou a enfermagem, variou entre os hospitais, sem demonstrar um padrão no município ou entre aqueles com mesmo perfil, conforme esfera administrativa, porte, tipo de unidade ou presença de atividade de ensino. Quando agrupados os hospitais, as médias dos estaduais foram maiores do que as demais esferas administrativas, único perfil onde houve diferença estatisticamente significativa. A caracterização da força de trabalho e os indicadores de relação de profissionais por leito podem subsidiar atividades de dimensionamento, visto que representam a disponibilidade de trabalhadores nos serviços hospitalares, porém não devem ser utilizados de forma isolada como parâmetro para estimar o número de profissionais necessários por limitarem-se à aferição da força de trabalho existente e sua comparação à capacidade instalada de leitos.
Este estudo bibliográfico busca apresentar o estado da arte da produção de conhecimentos sobre o planejamento e dimensionamento da força de trabalho em saúde, do período entre 2010 e 2020. Realizou-se a caracterização quanti e qualitativa dos dados revelados na fase exploratória de uma revisão integrativa, levantando a literatura indexada nas bases CAPES, BVS e Google Acadêmico. Os 113 materiais incluídos foram agrupados, conforme suas principais características: tipo de material, autores mais frequentes, instituições que produziram e palavras-chave, evidenciando maior produção nos anos de 2011 e 2020. Os achados, dentre outros aspectos, apontam que os artigos de periódicos representam menor percentual quando comparados ao conjunto de outros tipos de materiais publicados. Destacam-se as autorias provenientes das instituições públicas, especialmente da USP e UERJ, validando a relevância das universidades na sociedade brasileira como grandes produtoras de conhecimento e desenvolvimento tecnológico. O estudo possibilita identificar e compartilhar informações sobre as instituições, os autores em destaque e as lacunas na produção e disseminação de conhecimentos sobre o tema, contribuindo para priorização de novos estudos, projetos e pesquisas. É recomendado manter e ampliar investimentos que favoreçam as discussões no âmbito das políticas públicas na área da gestão do trabalho em saúde.
Objetivo: Descrever o desenvolvimento de uma metodologia para o planejamento e dimensionamento da força de trabalho multiprofissional em saúde, integrando os três níveis da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Sistema Único de Saúde (SUS); Método: relato de experiência da construção dessa proposta metodológica, realizada entre abril de 2019 e março de 2020, fundamentada nas diretrizes do SUS, na literatura e nas vivências nos projetos do Ministério da Saúde; Resultado: apresentação de uma metodologia, denominada DimeRede que, dirigida ao arranjo organizativo das RAS, estima a força de trabalho necessária de acordo com as necessidades locorregionais, considerando o perfil epidemiológico e os determinantes sociais de saúde e adoecimento identificados em cada estratificação territorial; Conclusão: a DimeRede constitui um avanço importante, mostrando-se potente para instrumentalizar políticas de gestão do trabalho. Contudo, sem encerrar os desafios de garantir equipes adequadas para o cuidado multiprofissional conforme as necessidades de saúde da população.
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