Neste artigo, apresento reflexões a partir de uma etnografia realizada em redes sociotécnicas formadas em torno de duas pesquisas que contaram com a participação direta – enquanto pesquisadores indígenas – de jovens da etnia Baniwa, visando o estabelecimento de um diálogo entre a perspectiva dos cientistas e o conhecimento indígena. Tal participação também surge como uma demanda das lideranças indígenas, em um contexto de problematização das relações entre pesquisadores e comunidades da região do Alto Rio Negro. Essa problematização das relações intercientíficas se insere em uma conjuntura histórica mais ampla, que teve início com a promulgação da Convenção sobre Diversidade Biológica, na década de 1990, e a instauração de novos princípios jurídicos-governamentais no que se refere ao chamado acesso aos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade. Busca-se analisar a perspectiva baniwa sobre o papel de mediação exercido por esses jovens na relação com os pesquisadores brancos, de forma a destacar a forma como esse movimento se insere em uma economia da alteridade formulada em torno dos conceitos de predação e domesticação de saberes, mercadorias e tecnologias, algo já descrito na literatura etnológica como devir-branco.
Neste artigo desenvolvo uma reflexão sobre as noções de técnica e tecnologia inspirada na abordagem da antropologia simétrica, tendo como referência a etnografia de uma pesquisa na área de farmacognosia de plantas medicinais, envolvendo farmacólogos e uma comunidade ribeirinha localizada na região do Alto Amazonas. Essa iniciativa visa à produção de fitoterápicos e outros produtos naturais a partir de substâncias e compostos bioquímicos encontrados em espécies vegetais amazônicas, processo que envolve um conjunto de atividades de tradução de saberes.
No abstract
This article describes and analyses a collaborative project that combines service-learning and community engagement (SLCE) objectives and goals with anthropological commitments to support an Indigenous filmmaking collective media centre in one Mẽbêngôkre-Kayapó community, Brazil. We adapted curricular designs already in place in SLCE semester-long or summer abroad programs to incorporate decolonizing methodologies and symmetrical anthropological approaches to co-create media centre design recommendations for community partners. We designed the project to provide opportunities in which partners could critically engage with histories of mis/representation of Indigenous Peoples, dialogically learn about diverse cultural worldviews and ontologies, and confront stereotypes that are commonly associated with Indigenous Peoples engagement with technologies. We discuss how this work influenced how initial design recommendations for the media centre and collective. We conclude by reflecting on this projects’ approach to community-based projects and the synergistic outcomes and tensions that can result from co-creating transdisciplinary projects centred on addressing sovereignty and activism. Finally, we suggest that supporting digital activism and media sovereignty relies on fortifying relational networks of collaboration and respect.
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