Resumo O histórico resultado de fracasso na alfabetização no contexto brasileiro e as políticas públicas desenvolvidas a partir desse cenário são objetos de discussão desse texto, que explora a relação entre a avaliação externa da aprendizagem do aluno, as políticas públicas e o cotidiano das práticas pedagógicas. Para tanto, optou-se por realizar uma análise do documento norteador do Programa Mais Alfabetização, implementado em 2018, em resposta aos baixos níveis de desempenho dos alunos na Avaliação Nacional de Alfabetização. Com base em contribuições da literatura, é apresentada uma discussão teórica sobre as políticas públicas de alfabetização e a avaliação externa da aprendizagem do aluno. O que observamos é que, em síntese, o programa desenvolvido em resposta aos resultados da avaliação externa tende a focar na formação e na atuação docente, no controle e no monitoramento das práticas pedagógicas.
Neste artigo pretende-se discutir dois dos aspectos presentes, no nosso ponto de vista, na cisão que vem acontecendo na transição entre os níveis da Educação básica, em especial no ensino fundamental, foco deste trabalho: o sujeito escolar subjacente ao ensino de Língua Portuguesa nas duas etapas do ensino fundamental e as diferentes concepções que embasam as práticas dos professores dessas duas fases do ensino. Para isso apresentaremos: concepções de linguagem, concepções sobre gramática, concepções de sujeito e modos de pensamento. Para isso dialogaremos com Senna (2001), Travlagia (2009), Neves (2002, 2007), Auroux (2002), dentre outros. Orientamos nosso trabalho a partir de pesquisa científica de base teórico-conceitual desenvolvida pelos integrantes do Grupo de Pesquisa “Linguagem, Cognição Humana e Educação Inclusiva”.
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