RESUMONo âmbito da promoção da saúde, a epidemiologia exerce importante papel ao se preocupar não apenas com o controle de doenças e de seus vetores, mas, sobretudo, com a melhoria da saúde da população. Os estudos que privilegiam temáticas da saúde pública, em geral, estão frequentemente interessados em investigar o modo pelo qual as condições sociais influenciam e determinam o processo saúde-doença das populações, o que tem gerado uma forte articulação entre a epidemiologia e as ciências sociais. É assim que se constrói um ramo epidemiológico denominado por alguns estudiosos como epidemiologia social. A epidemiologia social tem como foco principal o estudo do modo pelo qual a sociedade e os diferentes modos de organização social influenciam a saúde e o bem-estar dos indivíduos e dos grupos sociais, possibilitando a incorporação de suas experiências societárias, para a melhor compreensão de como, onde e porque se dão as desigualdades na saúde. O presente artigo de revisão realiza uma discussão que pretende indicar as contribuições que a abordagem da epidemiologia social pode trazer para os estudos realizados pela pesquisa clínica em doenças infecciosas, de modo a se desenvolver um olhar mais amplo sobre o paciente em conjunto com o seu sistema de relações e de produção do adoecimento e da recuperação da saúde.Palavras-chave: Epidemiologia Social; Pesquisa Clínica; Doenças Infecciosas. ARTIGO DE REVISÃO | REVIEW ARTICLE ABSTRACTIn the context of health promotion, epidemiology plays an important role. It emphasizes not only on control of diseases and their vectors, but also on improving the health of the population. Researches that focus on the themes of public health in general are frequently interested in investigating how social conditions affect and determine the population's health-disease process. This has generated a strong articulation between epidemiology and social sciences, emerging an epidemiological branch named by some scholars as social epidemiology. The focus of social epidemiology is studying how society and the different modes of social organization influence the health and well-being of individuals and social groups, enabling the incorporation of the social experiences to better understand how, where, and why health inequalities occur. This review article discusses and demonstrates the contributions of social epidemiology studies in clinical research studies on infectious diseases in order to develop a broader viewpoint of patients in conjunction with their system of relations and with illness production and health recovery.
Resumo Este ensaio apresenta uma discussão a respeito dos novos cenários da formação do profissional da saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua relação com as propostas apresentadas no relatório Health Professionals for a New Century: Transforming Education to Strengthen Health Systems in an Interdependent World. O relatório foi elaborado por uma comissão independente formada por 18 profissionais e acadêmicos de vários países, liderada pelos médicos e professores Julio Frenk e Lincoln Chen, criada em janeiro de 2010, nos Estados Unidos pelo setor de saúde para homenagear o centenário do Relatório Flexner. A finalidade do relatório foi apresentar recomendações para a adoção de inovações educacionais e institucionais voltadas para a formação de uma nova geração de profissionais mais bem equipados para lidar com os desafios presentes e futuros da área, numa perspectiva global de promoção da saúde. Essa discussão resultou na percepção de que, apesar de políticas e programas governamentais criados no Brasil desde 2001, e de iniciativas institucionais pontuais, a formação dos profissionais da área da saúde ainda é fortemente orientada por uma concepção pedagógica hospitalocêntrica que categoriza os adoecimentos por critérios biologicistas e que dissocia clínica e política, o que não é adequado para contribuir para o fortalecimento do SUS. Palavras-chave formação profissional em saúde; organização curricular em saúde; educação e saúde. PROPOSTAS INOVADORAS
Neste trabalho, busca-se compreender os conceitos e as relações entre democracia, educação e o processo de gestão educacional, por meio de discussão sobre as temáticas da democracia, gestão educacional e democrática. Apresentam-se ainda as primeiras discussões a respeito da concepção de gestão democrática do governo federal, desenvolvida de a, para verificar a consentaneidade entre as concepções assumidas por aquele governo e os questionamentos teóricos tratados nas produções da área de gestão educacional.
RESUMO Estudos sobre o ensino da patologia no Brasil são escassos e mostram um cenário desmotivador para estudantes e professores. Embora essa disciplina seja fundamental à formação médica, o distanciamento entre o seu ensino e o das demais disciplinas clínicas leva ao não reconhecimento, por parte dos estudantes, da importância da patologia para a formação profissional, especialmente na área de doenças infecciosas. O objetivo deste estudo foi investigar o processo de formação e produção do conhecimento em patologia em três faculdades de Medicina com ensino tradicional no Estado do Rio de Janeiro e seu impacto na atuação de patologistas e infectologistas. Trata-se de um estudo qualitativo com utilização da técnica do discurso do sujeito coletivo em entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados sete professores de patologia de duas faculdades públicas e de uma particular e dez médicos - cinco patologistas que atuavam no Rio de Janeiro e cinco infectologistas de um centro de referências em doenças infecciosas no Rio de Janeiro. A disciplina de patologia é oferecida de forma descontextualizada em períodos específicos. Professores reconhecem que aulas descontextualizadas não estimulam o interesse pela especialidade nem preparam estudantes para interação com patologistas e serviços de anatomia patológica. Para infectologistas, falta percepção da importância da patologia na graduação, o que para patologistas gera dificuldades na interação com infectologistas, resultando em preenchimento incompleto de solicitação de exames histopatológicos, dificuldade na interpretação de laudos e envio inadequado de amostras. Infectologistas e patologistas acreditam que mais aulas práticas, maior integração com a clínica e a presença do patologista em outros cenários de aprendizagem aumentem o interesse pela patologia. Todos os professores, infectologistas e patologistas pesquisados reconheceram a existência de lacunas no ensino-aprendizagem na disciplina de patologia na graduação médica e a necessidade de reformulação para torná-la uma especialidade mais interessante e alinhada à realidade profissional.
Após longo período pesquisando, orientando mestrandos e doutorandos e publicando sobre a temática da gestão democrática, durante a realização de um pós-doutoramento na Universidade do Minho, em Portugal, tive a oportunidade de participar da discussão realizada pelo Prof. Dr. Carlos Vilar Estevão, na disciplina que ministrava para as turmas de Mestrado em Ciências da Educação no Instituto de Educação a qual tratava de Educação e Justiça. Como para mim era um tema novo, passei a realizar as leituras indicadas pelo Dr. Estevão e fui buscar outras leituras para me apropriar dos conceitos fundantes da articulação que se estabelece entre educação e justiça, como escola justa, justiça complexa, justiça radical, entre outros e, assim, tentar construir uma aproximação possível com a gestão democrática. Quando retornei ao Brasil, apresentei os resultados desses estudos para os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Educação, Comunicação e Cultura da UERJ e ofereci o tema de pesquisa Educação e Justiça, recebendo quatro novos orientandos que pesquisaram a respeito de escola justa. A abordagem do conceito de justiça, que a retira do sentido jurídico-formal, incluindo-a no sentido eminentemente político, ético, filosófico, cultural e sociológico, permite compreender sua relação orgânica com os conceitos de igualdade, equidade, liberdade, mérito, poder, autoridade, entre outros, que condicionam, de modo particular, a maneira como pensamos a educação e a forma como as escolas se organizam para cumprirem suas finalidades. Assim, quero estabelecer com todos que me ouvem agora, uma discussão a respeito de Educação e Justiça, tendo como objeto as concepções de justiça.
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