Este artigo explora a temática da empregabilidade individual no contexto atual de flexibilidade organizacional, procurando ampliar a discussão sobre o assunto, centrada na teoria do capital humano. Tal ampliação se faz necessária pela complexidade e multicausalidade do fenômeno em questão. Assim, esta análise propõe um modelo explicativo da empregabilidade individual, baseada em profunda revisão bibliográfica, buscando um melhor entendimento sobre o que determina o acesso ao emprego. O modelo é concebido com base em três abordagens: na teoria do capital humano, na teoria do capital cultural e na teoria do capital social. São apresentadas também sugestões para a operacionalização das variáveis, tornando o modelo plenamente aplicável. Obviamente, a proposição do modelo não esgota as investigações sobre o tema. Trata-se de um esforço para conhecer melhor as linhas gerais do fenômeno. A discussão teórica permitiu ver que o mercado de trabalho deve ser estudado como algo inserido em um contexto social, no qual variáveis nãomeritocráticas, como aquelas ligadas ao capital cultural e social de um indivíduo, são valorizadas. Tal conclusão pode reorientar as políticas públicas direcionadas ao mercado de trabalho, assim como as políticas de recursos humanos adotadas pelas organizações.
The article explores the thematic of the individual employability in the current context of organizational flexibility, aiming to extend the current quarrel on the subject, centered in the theory of the human capital. Such extent becomes necessary in function of the multicausality of the phenomenon in question. This article suggests an explaning model of the individual employability, based upon a deep bibliographical revision, with the intention of searching a better agreement on what it determines the access to the job. The model is conceived on the basis of the theories of human, cultural and social capitals. Suggestions for the operacionalization of the variables are presented, making the model applicable. The proposal of the model does not put an end to the studies on the subject. This article is about an effort to better know the general lines of the phenomenon. The theoretical quarrel allowed to see that the job market must be studied as something inserted in a social context, in which non-meritocratics variables are valued. Such conclusion can redirect the public policies directed to the job market, as well as the policies of human resources adopted by the organizations
O objetivo do ensaio teórico é discutir o fenômeno ageismo no ambiente organizacional e suas influências no processo do envelhecimento. Trata-se de uma temática relevante, em função do processo de envelhecimento da população mundial e das representações negativas de tal processo. O artigo traz definições sobre o processo do envelhecimento, partindo do princípio que este é de cunho singular e multifacetado. Em seguida, discute a importância do trabalho e suas influências identitárias, sociais e pessoais para o sujeito idoso, assim como discute o fenômeno ageismo, termo utilizado para todo e qualquer preconceito e discriminação que envolva o fator idade. Conclui-se que existe a necessidade de combater e modificar o modo que o sujeito idoso é visto no ambiente organizacional.
Editor responsável pela submissão:Diego Maganhotto Coraiola. Artigo analisado via processo de revisão duplo cego (Double-blind).
O artigo analisa a produção científica em Administração sobre o trabalho na terceira idade, com base nos artigos de congressos da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) e dos principais periódicos nacionais em Administração. O artigo aborda a temática do trabalho na terceira idade, a existência desse mercado de trabalho no país, preocupações, desafios e possibilidades. A revisão sistemática da literatura brasileira baseia-se na análise de oito dimensões. Os resultados mostram o quanto esse assunto ainda é incipiente na literatura brasileira em estudos de Administração. Portanto, é necessário mais investimento na investigação do trabalho na terceira idade, visto que o envelhecimento populacional já é uma realidade no mundo social brasileiro, que impacta as organizações em sua reconfiguração das forças de trabalho para a inserção dos idosos.
A preocupação com a empregabilidade é resultado das novas exigências feitas aos trabalhadores, por parte das organizações. Sabe-se, contudo, que o entendimento acerca do tema é bastante diverso e controverso. Nesse contexto, este artigo busca entender como o termo tem emergido e ganho força, tanto no meio acadêmico quanto no empresarial. Para isso, foi feita uma pesquisa qualitativa com profissionais e acadêmicos de recursos humanos, em Belo Horizonte-MG, bem como foram analisados dados secundários em publicações acadêmicas e não acadêmicas (empresariais). Os dados coletados foram analisados de modo quantitativo e qualitativo, com base nas técnicas de análise bibliométrica e de análise de conteúdo (AC). Os achados da pesquisa indicam que, em ambos os grupos pesquisados - empresarial e acadêmico - das duas concepções acerca do tema, destacadas na teoria, a empresarial-individual (que condiciona a empregabilidade à capacidade da mão-de-obra adaptar-se às novas exigências do mundo do trabalho e das organizações) e a crítica-social (que trata a empregabilidade como um discurso, transferindo a responsabilidade pelo emprego, da sociedade e do Estado para o próprio trabalhador), prevalece a primeira. Diante disso, o artigo traz uma reflexão, buscando indicar à sociedade que o discurso neoliberal da empregabilidade não traz consigo a garantia de empregos e que a busca incessante pelo conhecimento (capital humano) nem sempre é garantia de colocação no mercado de trabalho.
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