A desertificação é a degradação das terras nas zonas secas do mundo, tendo como causas tanto a ação do clima como as atividades humanas. No Brasil, a região do Cariri paraibano, além das fortes estiagens a que está submetida, tem sido palco de um processo secular de desertificação, atingindo principalmente as caatingas existentes, o que compromete atualmente a maior parte do seu território. Os solos, a exceção de algumas áreas submetidas a irrigação, a despeito das modificações intensas que tem ocorrido na cobertura vegetal, devido as suas características naturais e elevada presença de Pavimento Desértico, permanecem com os níveis de fertilidade química sem grandes alterações, embora aspectos relacionados as modificações da sua temperatura, em virtude do desmatamento intenso, e os efeitos desse processo na vegetação, devam ser levados em consideração ao se pensar numa regeneração espontânea das caatingas e o uso dessas terras para empreendimentos agropecuários.Palavras-chave: Desertificação, Cariris Velhos, Desmatamento, Solos. ABSTRACTDesertification is the degradation of lands in worldwide dry areas, having the climate influence and human activities as main causes. In Brazil, the cariri region in Paraiba, besides the strong shortages periods which it is submitted, has become the scene of a heavy process of desertification, reaching principally the existing caatingas, currently compromising the largest part of its territory. Despite of their natural characteristics and a high presence of desert areas, the soils, except for some areas submitted to irrigation, have remained at the levels of chemical fertility without great amendments. However aspects related to changes in the temperature of these soils, due to intense deforestation, and the effects of the process in the vegetation, should be taken into consideration when thinking about a spontaneous regeneration of the caatingas and the use of these lands as agriculture and farming ventures.Keywords: Desertification, Old Cariris, Deforestation, Soils. RESUMENLa desertificación es la degradación de las tierras em las zonas sequias del mundo, tenendo como causas tanto el acción del clima como las actividades humanas. En el Brasil, en la región del Cariri paraibano, además de las fuertes estiajes a las quales está sumetida, tiene sido palco de um proceso secular de desertificación, atingindo principalmente las caatingas existentes, comprometendo atualmente gran parte de su território. Los suelos, a excepción de algunas áreas sumetidas a irrigación, no obstante las modificaciones intensas que han ocurrido em la cubierta vegetal, devido a sus características naturales y presencia de Pavimiento Desértico, permanecen con los niveles de fertilidad química sin grandes alteraciones, aunque aspectos relacionados a las modificaciones de su temperatura, em virtude de la retirada intensa de la vegetación, devan ser llevados em consideración para se pensar en una regeneración espontánea de las caatingas y el uso de esas tierras para proyectos agropecuários.Palabras Clave: Deser...
RESUMO:Este artigo constitui na integra a conferência de encerramento realizada pela autora durante o X Congresso da Associação dos Geógrafos Brasileiros e comemoração dos 70 anos da AGB. Resgata do ponto de vista da uma imagem poética, conforme definida por Bachelar, o espaço-tempo de construção da AGB e da Geografia Brasileira durante esse período. Indica as transformações do pensamento geográfico brasileiro e a necessidade de um pensamento conjuntivo na constituição geográfica.Nesse sentido aborda a discussão sempre presente na geografia -a relação sociedade -natureza indicando a necessidade de se avaliar a partir de novas concepções as formas dadas ou a materialidade de espaço geográfico.Aborda essas novas materializações a partir do conceito de híbrido, indicando ao finalizar a necessidade da geografia tecer junto uma série de pares que até então concebe como objetos purificados na medida em que são compreendidos como isolados. PALAVRAS-CHAVE:AGB 70 anos, geografia, espaço geográfico, geógrafos ABSTRACT: This article analyses the concept of peasantry from a socio-cultural approach and supports that it has remained relevant in understanding the Brazilian agrarian reality. This position is due to the conviction that this concept has the capacity to express the complexity of this historic social agent. The paper also supports that peasantry is a social class that has a culture based on a system of practices and representations referring to a traditional order, which has land, work and family as its central values. It explains the use of this concept in the Brazilian social sciences since the fifties and analyses some aspects of the family agriculture that have been employed more and more in place of peasantry. Likewise, this article presents questions about the recreation of peasantry verifiable in the rural settlements according to the analyses of the spatial and social organization of the settlers. KEY WORDS: AGB 70 years, geography, geographic space, geographers Caros colegas agebeanos. Quero inicialmente agradecer, mesmo sem compreender as razões de estar nesse momento ocupando este lugar. Arlete Moysés Rodrigues possivelmente tenha razão quando se referiu a compressão do tempo. Possivelmente... Mesmo tendo aceitado o convite, para falar neste final de evento, estou um pouco apreensiva neste lugar. Devo confessar que estou muito tensa e digo isto, pois, aprendi com o educador Paulo Freire, que devemos dizer a quem nos ouve, nossos anseios, nossos medos. Embora revelando esta ansiedade inicial sintome honrada com o convite e desde já agradeço pela distinção. Ao mesmo tempo parabenizo o presidente que hora encerra seu mandato, geógrafo e professor Bernardo Mançano Fernandes e sua diretoria pelo trabalho realizado, árduo trabalho como todos sabemos.Parabenizo a todos que participaram e
EditorCristiano Quaresma de Paula Capa Cristiano Quaresma de Paula Design by www.canva.com É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, sem autorização expressa dos autores ou da editora. A violação importará nas providências judiciais previstas no artigo 102, da Lei nº 9.610/1998, sem prejuízo da responsabilidade criminal. Os textos deste livro são de responsabilidade de seus autores. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
ResumoO sudoeste do Rio Grande do Sul apresenta um conjunto de áreas sem cobertura vegetal que formam, visualmente, extensas áreas de solo exposto (areais). Para sintetizar a explicação deste processo, Suertegaray (1987Suertegaray ( ,1992Suertegaray ( ,1994 desenvolveu o termo arenização, sendo este entendido como o retrabalhamento de depósitos areníticos (pouco consolidados) ou arenosos (não consolidados), que dificulta a fixação da vegetação devido à constante mobilidade dos sedimentos. O retrabalhamento resulta da dinâmica de chuvas torrenciais. Os processos hídricos superficiais, particularmente o escoamento concentrado do tipo ravina ou voçoroca, expõem, transportam e depositam areia, dando origem à formação de areais que, em contato com o vento, tendem a uma constante remoção. Novos estudos permitem construir a seguinte interpretação sobre a formação de areais: uma fase inicial de instabilidade de determinados lugares, associada às condições estruturais da área (fraturas, diaclases e depressões), instabilizando determinados locais; a segunda fase de intensificação da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial, facilitada pelas características estruturais que promovem nas médias encostas a formação de degraus de abatimento; a terceira fase de continuidade dos processos hídricos com intensificação de escoamento concentrado e formação de ravinas e voçorocas e, consequentemente, depósitos de areia, em forma de leques aluviais, em suas bases. A quarta fase é a evolução erosiva de ravinas e voçorocas, lateralmente e a remontante, promovendo a coalescência de depósitos arenosos e originando os areais. Palavras-chave: Sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul; areais; arenização. AbstractThe southwest of Rio Grande do Sul has a group of areas without vegetation that form, visually, extensive areas of exposed soil (areais or sand deposits). To summarize the explanation of this process, Suertegaray (1987Suertegaray ( ,1992Suertegaray ( ,1994 developed the concept of arenização (sandization), which is understood as the reworking of sedimentary sand deposits (little consolidated) or sandy deposits (unconsolidated), which hinders the establishment of vegetation due to the constant mobility of the sediments. New studies allow to build the following interpretation about the formation of sand deposits. An initial phase of instability of some places associated with the structural conditions of the area (fractures, diaclases and depressions). The second phase of intensification of superficial and subsuperficial water dynamics, facilitated by the underlying structural characteristics and promoting in the medium hill slopes the formation of steps. The third phase of continuous processes with increased stream flow, formation of gullies and, consequently, sand deposits, in alluvial fans shape in their bases. The fourth phase is the erosive development of gullies, sidelong and retrograde, promoting the coalescence of sandy deposits and originating the sand deposits.
Neste texto o objetivo é apresentar alguns dados relativos à Pós-graduação em Geografi a no Brasil. Num primeiro momento é feito um breve histórico da evolução e distribuição espacial da Pós-graduação em Geografi a. Além deste breve histórico é também intenção deste texto apresentar, a partir dos dados da produção dos programas de Pós-graduação no Brasil, um perfi l sobre as tendências da geografi a após os anos 2000. Esta tendência é indicada pelo que se revela na produção acadêmica vinculada a Pós-graduação, portanto, não corresponde ao universo da produção neste campo do conhecimento em território brasileiro. Associa-se a estes dados um breve levantamento das publicações nas três revistas mais representativas da região Sul, a revista Ra'ega da UFPR, a Geosul da UFSC e o Boletim Gaúcho de Geografi a da AGB-Porto Alegre. Trabalho elaborado no mesmo período com o objetivo de caracterizar brevemente a produção no sul do país. UM BREVE HISTÓRICO Extraímos esse texto, um breve histórico, do relatório CAPES(2005), entretanto o leitor pode encontrar diferentes visões e mapeamentos feitos sobre a Pós-graduação em Geografi a no Brasil em: Gerardi (2003), Suertegaray(2003,) Duarte(2003), Carlos (2003). "Os primeiros cursos de pós-graduação" em Geografi a a integrarem o Sistema Nacional de Pós-Graduação foram os de Geografi a Humana e de Geografi a Física da Universidade de São Paulo, criados em 1971, seguidos do Programa de Pós-Graduação em Geografi a da UFRJ, implantado em 1972. A partir destes programas pioneiros, a área experimentou um lento crescimento; ao fi nal da década de 1970 eram 5 e na de 1980 eram oito os programas implantados, cinco deles na região Sudeste, dois no Nordeste e um na região Sul. Resumo Neste texto são apresentados dados relativos à Pós-graduação em Geografi a no Brasil. Num primeiro momento é feito um breve histórico da evolução e distribuição espacial da Pósgraduação em Geografi a; um perfi l sobre as tendências da geografi a após os anos 2000. Associa-se a estes dados um breve levantamento das publicações nas três revistas mais representativas da região Sul do Brasil, objetivando, por fi m, caracterizar, brevemente, a produção geográfi ca no sul do país.
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