Resenha deSILVESTRE, V. P. V. Colaboração e crítica na formação de professores/as de línguas: teorizações construídas em uma experiência com o Pibid. Campinas: Pontes Editores, 2017. 289p.
A língua inglesa tem sido utilizada como instrumento de colonialidade e dominação desde a época do imperialismo, com franco avanço em tempo de globalização (BLOMMAERT; RAMPTON, 2011). Este estudo visa problematizar o ensino de língua inglesa, questionando seu papel na manutenção da colonialidade da linguagem e propondo ideias para que a educação linguística em língua inglesa se apresente como um lugar de reexistência. Nesse sentido, propõe-se revisionar a educação linguística a partir de reflexões crítico-decoloniais sobre o documento que nos orienta, a Base Nacional Comum Curricular. A partir desse posicionamento crítico-decolonial, pautamo-nos nas pesquisas pós-críticas (PARAÍSO, 2004), conectados aos princípios da Linguística Aplicada Crítica (PENNYCOOK; MAKONI, 2019; PENNYCOOK, 2001; RAJAGOPALAN, 2003) e do Pensamento Decolonial (MIGNOLO, 2000), em defesa de uma educação linguística intercultural como um espaço para letramentos de reexistência (ALBÁN ACHINTE, 2013; COSTA; SOUSA; SILVA, 2021). O material empírico é composto por recortes da seção de língua inglesa da BNCC – especificamente a partir dos eixos centrais: língua franca, multiletramentos e interculturalidade – e analisado a partir de leituras sobre Linguística Aplicada Crítica e Decolonialidade que permeiam nossas vivências como professoras formadoras e professor formador e pesquisadoras/or a fim de propor modos de reexistência. Nosso estudo aponta para fissuras no documento por onde nossas praxiologias possam ser transformadas.
A internacionalização do currículo busca incorporar uma dimensão intercultural e global nas atividades de ensino, a fim de contribuir para a formação de cidadãos e profissionais engajados na diversidade cultural e linguística do mundo globalizado. Neste artigo, discutimos a internacionalização do currículo, destacando as reflexões dos professores de línguas como agentes da internacionalização da educação. Em seguida, analisamos os dados qualitativos gerados mediante um questionário estruturado, aplicado aos professores brasileiros de línguas que são membros do Grupo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagens (GECAL-UnB), com o objetivo de compreender suas concepções sobre a internacionalização do currículo. A análise dos dados, à luz da Linguística Aplicada Crítica, indicou que a internacionalização das instituições educacionais brasileiras pode ser viabilizada pela internacionalização do currículo, exigindo discussões sobre interculturalidade, multilinguismo e plurilinguismo. Assim, a partir das perspectivas dos professores, é possível vislumbrar abordagens alternativas para a internacionalização da educação.
O fenômeno da internacionalização, apesar de complexo, pode ser compreendido como um processo cujo objetivo é introduzir, de maneira sustentável, uma dimensão internacional, intercultural e global nos propósitos, nas funções e nos serviços oferecidos pela instituição educacional. Haja vista que a internacionalização é uma resposta à globalização e também um produto desse fenômeno que muitas vezes se manifesta de forma impositiva, é fundamental compreendê-la por lentes críticas como um espaço estratégico para uma educação mais inclusiva. Neste artigo, investigamos a mobilidade internacional como elemento estratégico para o processo de internacionalização da formação de professores e, em seguida, apresentamos algumas implicações para a prática pedagógica com base na perspectiva de professores de línguas de um instituto federal da região Sudeste do Brasil. A análise dos dados gerados por meio de um questionário online semiestruturado indicou que a mobilidade internacional é vista pelos professores participantes como uma experiência que legitima e atribui valor cultural e linguístico à prática pedagógica.
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