Com o aumento da relevância dos países emergentes na economia global, acelerou-se o processo de internacionalização das empresas oriundas desses países. Isso pode ser constatado pelo aumento do fluxo de IDE (Investimento Direto Estrangeiro) provenientes de empresas de mercados emergentes. Apesar das similaridades com as empresas tradicionais, a literatura indica que as multinacionais emergentes lançam mão de estratégias diferenciadas para traçar sua trajetória de atuação além fronteiras. A partir dessa perspectiva, este estudo exploratório analisa o processo de verticalização e desverticalização das empresas enfocando, sobretudo, a mudança atual do paradigma de inovação, conhecida como inovação aberta. Com base nesse panorama, avaliam-se as estratégias das multinacionais emergentes e o papel de suas subsidiárias, com o intuito compreender como se dá o processo de dispersão das atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ao longo do processo de internacionalização dessas empresas, e mais particularmente as empresas brasileiras. O estudo mostra, por meio de comparação de estudos teóricos, que o paradigma da inovação aberta traz vantagens para as corporações multinacionais emergentes que o adotam em seus processos de internacionalização das atividades de P&D, mas que as empresas brasileiras não parecem estar se aproveitando em toda sua potencialidade.DOI:10.5585/gep.v3i3.126
Este artigo é o resultado de minhas pesquisas teóricas e de campo realizadas durante meu segundo Programa de Visiting Professor na Universidade de Padova. Além da introdução, o artigo compõe-se de mais três partes. Na segunda, faz-se uma descrição das três PMES italianas visitadas durante o seminário internacional - V Foro PYMES - e de sua relação com as instituições de ensino. Na terceira, faz-se uma avaliação do desempenho das PMES italianas em comparação com as brasileiras com base nos dados levantados na nossa visita guiada e no exame da literatura pertinente. Por fim, na última parte examinam-se alguns fatores - o mercado, regime político, atuação da universidade e outros - como fundamentais a explicar a diferença de desempenho entre as PMEs italianas e brasileiras e de suas economias. E, como encerramento, faz-se um breve comparativo entre a capacidade dos dois países de superarem o impacto negativo do Covid-19 com base em recursos disponíveis.
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