As oficinas terapêuticas permitem a possibilidade de projeção de conflitos internos/externos por meio de atividades artísticas, com a valorização do potencial criativo, imaginativo e expressivo do usuário. Objetivou-se identificar a percepção dos familiares sobre as oficinas terapêuticas desenvolvidas. Pesquisa descritiva, com delineamento qualitativo, desenvolvida nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Natal-RN, entre agosto e setembro de 2007. Foram entrevistados 28 familiares que participavam regularmente dos serviços. Os familiares destacaram o impacto positivo dos CAPS em suas trajetórias de tratamento e de vida, na melhoria da harmonia familiar. Sobre as oficinas terapêuticas, identificaram falhas e contradições, denunciando e apontando caminhos de superação. Percebem os espaços de participação nos CAPS como formas importantes de acompanhamento do seu familiar usuário, além do crescimento mútuo. As oficinas terapêuticas representam um instrumento importante de ressocialização e inserção individual em grupos, na medida em que propõem o trabalho, o agir e o pensar coletivos, conferidos por uma lógica inerente ao paradigma psicossocial.
O Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de usuários de álcool e outras drogas (CAPSad) representa a principal estratégia de atenção à saúde relacionada ao consumo de substâncias psicoativas. Objetivou-se investigar a percepção de familiares acerca do tratamento ofertado nos CAPSad Norte e Leste do município de Natal-RN. Foram entrevistados 14 familiares que participavam regularmente das atividades propostas. As entrevistas foram realizadas em agosto e setembro de 2007 e transcritas na íntegra para preparação do corpus e submissão ao ALCESTE. O material discursivo originou três categorias temáticas: Tratamento Melhoras e Expectativas; Convivência Usuário Antes e Depois; e Condições Terapêuticas Agradecimentos, Sugestões e Vulnerabilidade. Os familiares identificaram que o tratamento recebido nos CAPSad favorece melhoras substanciais nas condições de vida e de saúde de seu familiar usuário e nas relações familiares dentro e fora do lar, sendo detectada a necessidade de ajustes e do aumento da oferta das atividades terapêuticas.
Este artigo analisa o conhecimento e o emprego de fitoterápicos por médicos na Estratégia Saúde da Família de Caicó, Rio Grande do Norte. Tratase de pesquisa descritiva com abordagem qualitativa desenvolvida com nove médicos, em janeiro e fevereiro de 2011, na qual se utilizaram entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos à análise temática de conteúdo: perfil dos entrevistados; conhecimento dos médicos sobre fitoterápicos; e emprego de fitoterápicos por médicos. A maioria dos entrevistados (77%) referiu conhecer fitoterápicos e recomendálos aos usuários da Estratégia, no entanto, o saber sobre essa temática era limitado. Foram mencionados 16 fitoterápicos, com maior índice de aplicabilidade para o Ansiopax e o Calman, indicados para problemas de ansiedade e insônia. Evidenciaram-se a importância da abordagem de práticas integrativas e complementares nos cursos de graduação da área da saúde e a necessidade de investimento na formação de recursos humanos, com a oferta de educação permanente em saúde e a garantia de um suporte básico (físico e estrutural) para implantação, manutenção e consolidação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
RESUMOO ato de brincar se apresenta como um importante recurso para a criança compreender o mundo que a cerca e o que acontece com ela, possibilitando a elaboração de conflitos, frustrações e traumas. Objetivou-se investigar o nível de aceitação de atividades voluntárias direcionadas a crianças hospitalizadas e avaliar a eficácia destas atividades perante a evolução clínica das crianças, na opinião dos acompanhantes. Pesquisa descritiva e de campo, realizada num hospital público de Campina Grande-PB, durante maio de 2004. Foi dirigido aos acompanhantes das crianças internas um questionário à respeito de atividades voluntárias desenvolvidas no serviço de pediatria. Dentre os 16 sujeitos da pesquisa, 93,75% afirmaram que o trabalho consegue diminuir o período de internação das crianças, e que a aceitação aos procedimentos clínicos (100%) é favorecida, interferindo positivamente. Todos recomendariam este tipo de trabalho para outras instituições que prestam assistência a crianças e afirmam que as brincadeiras conseguem distrair também os acompanhantes e familiares. Verificou-se a aceitação dos acompanhantes diante das atividades voluntárias dirigidas às crianças internas. Ao mesmo tempo, as recreações e brincadeiras promoveram melhor evolução clínica, diminuíram o estresse causado pela hospitalização e favoreceram a aceitação de procedimentos clínicos realizados. Palavras chave:Criança hospitalizada; Enfermagem pediátrica; Ludoterapia; Família; Aceitação pelo paciente de cuidados de saúde.
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