O processo de aquisição da linguagem pode ser impactado em crianças com síndrome de Down, uma condição genética que provoca um atraso no desenvolvimento infantil. A atenção conjunta é uma habilidade sociocognitiva que se relaciona com o desenvolvimento da linguagem. Desse modo, este trabalho objetivou analisar os estudos a respeito da atenção conjunta no desenvolvimento da linguagem na síndrome de Down. Para isso, foi realizada uma revisão da literatura em bases de dados nacionais e internacionais, a fim de identificar estudos originais acerca dessa temática. Inicialmente, foram obtidos 668 artigos. Mas após a aplicação dos critérios de elegibilidades, foram selecionados 12 estudos. Verificou-se análise do desenvolvimento de crianças com síndrome de Down em comparação com o de crianças neurotípicas ou com Transtorno do Espectro Autista, além da participação dos pais em algumas pesquisas. A análise de filmagens e as avaliações foram as propostas metodológicas mais realizadas nos estudos, e o vocabulário infantil o elemento mais investigado junto ao engajamento conjunto. A partir do levantamento das questões centrais nos trabalhos pesquisados, constatou-se evidências de que a atenção conjunta é uma habilidade potencial na síndrome de Down e que possui relações com o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas, motoras e linguísticas.
A síndrome de Down é uma condição genética resultante da presença extra de um cromossomo 21, que pode gerar diversos problemas de saúde e atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem. A síndrome provoca mais déficits na linguagem expressiva oral, do que na compreensiva e a comunicação gestual. Durante o seu desenvolvimento, as crianças unem as produções vocais e gestuais em uma única matriz para produção linguística e significação. Nesse sentido, esse estudo objetivou analisar a matriz linguística multimodal de uma criança com síndrome de Down em processo de intervenção fonoaudiológica. Para isso, foram realizadas filmagens semanais, durante um ano, de atendimento fonoaudiológico de um menino com SD que possuía 16 meses no início da coleta. Posteriormente, os vídeos foram analisados no programa ELAN, a fim de descrever quali-quantitativamente os gestos e as produções vocais da criança. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de origem, sob o parecer de nº 1.360.357. Constatou-se que houve um crescimento conjunto entre as produções gestuais e vocais da criança estudada ao longo das sessões fonoaudiológicas.
Resumo: Nesse trabalho, propomo-nos a investigar a emergência das expressões de negação na aquisição da linguagem em contextos interativos mãe-bebê. Para tanto, apoiamo-nos em Kendon (1982), que relaciona gestos e fala a partir da classificação de multimodalidade e em McNeill (1985), o qual define os gestos como uma única matriz de significação. A fim de abordarmos a interação mãe-bebê calcados em um olhar interacionista sob o ponto de vista da multimodalidade - olhar, gestos e fala, em contextos de interação, partimos dos estudos sobre a negação de Dodane e Massini-Cagliari (2010), Spitz (1998), Beaupoil-Hourdel (2013), Vasconcelos (2017), Barros e Fonte (2016)). Quanto aos aspectos metodológicos, este trabalho é de cunho longitudinal, em que foram analisados dados de uma díade mãe-bebê (1 a 24 meses) por meio de gravações em vídeo. Observando as cenas de interação da díade, verificamos por parte do bebê, vários contextos de negação, marcados ao longo do tempo de vida, classificando-os como: insatisfação, rejeição, recusa, evasão e proibição. Finalizamos, corroborando a importância das negações como forma expressiva da criança na interação, pois são os primeiros elementos que a criança usa para mostrar sua opinião e posição na interação.
Este livro se diferencia de outras obras disponibilizadas no mercado editorial brasileiro por compartilhar contribuições teóricas e práticas informadas, especialmente, por saberes produzidos em diferentes campos dos estudos linguísticos. Nossas experiências na formação inicial e continuada mostram-nos que os saberes linguísticos são pouco acessíveis aos alfabetizadores, pela simples razão de não estarem sistematizados para os referidos profissionais, e por muitos desses educadores serem egressos de licenciaturas generalistas, com escasso tempo para o aprofundamento dos estudos sobre inúmeros aspectos da língua essenciais para a prática alfabetizadora. Outro atributo deste livro é ser fruto de estudos e parcerias científicas construídas ao longo dos anos a partir do diálogo estreito entre alfabetizadores e formadores. Os capítulos trazem resultados de pesquisas e de formações, ou seja, experiências diversas desenvolvidas nas idas e vindas entre escolas e universidades, interações que foram demandadas especialmente por profissionais da alfabetização. Assim, compartilhamos com os leitores trabalhos realizados por educadores inquietos, representantes das cinco regiões geográficas brasileiras e de três outros países dos continentes africano, europeu e latino-americano. Essa conjunção de atores pretende evidenciar duas questões materializadas de diferentes formas e mediante contextos: (a) a cientificidade necessária para o processo da alfabetização, informada pela negociação de saberes teóricos e práticos; e (b) as singularidades dos processos de ensino e de aprendizado, aqui denominados de alfabetizAções.
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