O presente artigo tem por objetivo apresentar os inúmeros aspectos sobre os quais podemos analisar a representação dos negros na Universidade Federal de Viçosa à luz de Maurice Halbwachs (1990), Peter Burke (2000), Pierre Nora (1981) e Sandra Jatahy Pesavento (2012). Neste contexto, para diagnosticar e analisar a presença negra na instituição faz-se necessário não só mensurar os indivíduos pertencentes a este grupo, mas também analisar o conjunto de relações sociais que mobilizam o grupo, os símbolos históricos que o constituem e sua relação com o espaço que ocupa e com os demais grupos presentes neste e em seu entorno. Além disso, diz respeito, ainda, a recuperar as marcas deste grupo nos vários espaços da instituição, bem como, saber quantas destas marcas são efetivamente simbólicas para este grupo.
Resumo: A partir de uma abordagem interseccional e da análise dos microdados do Censo da Educação Superior, referente ao ano de 2018, este estudo teve por objetivo verificar o perfil racial e de gênero de docentes do magistério superior de instituições públicas e privadas. Para tanto, buscou-se, por meio de testes estatísticos e modelos de análise multivariada, verificar se existe primazia racial ou de gênero, além de prevalência de outros quesitos na ocupação do cargo de docência superior. Constatou-se a existência de disparidades raciais e de gênero na docência superior, sendo prevalentes os docentes brancos e do sexo masculino. Além disso, observaram-se associações significativas em relação à interseção de gênero e raça na ocupação deste espaço. A idade e a atuação profissional e o fato de ser uma instituição pública ou privada condicionaram as chances de homens não brancos e de mulheres em geral atuarem no ensino superior. Esses elementos sustentam a tese de primazia racial e de gênero amplamente discutidas na literatura especializada.
O artigo analisa as origens e a trajetória do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição com grande tradição na área das ciências agrárias e considerada como uma das mais importantes do país neste campo de conhecimento. Em 1961, a então Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), nome anterior da UFV, iniciou o primeiro Curso de Mestrado em Olericultura do país que, em 1964, foi renomeado para Fitotecnia. Tomando por base os conceitos de memória e patrimônio abordados respectivamente, por Le Goff (2003) e Pierre Nora (1993), o levantamento documental e a realização de entrevistas, analisamos o processo de constituição e consolidação deste curso de pós-graduação stricto sensu pioneiro no Brasil, na área das ciências agrárias, entre os anos de 1961 e 1981.
O filme “Suprema” conta a história da advogada norte-americana Ruth Ginsburg, iniciante na faculdade de Direito de Harvard em 1956, e sua luta contra a desigualdade de gênero vigente à época. Observa-se que, nas relações sociais e vivência cotidiana, a sociedade internaliza práticas e discursos socializadores e condicionantes do que compete ao homem e à mulher. Os discursos estereotipados sobre o papel da mulher na família transcendem o âmbito privado, determinando a dinâmica e as práticas da esfera pública. Neste sentido, percebe-se que o Direito foi legitimado como um instrumento normativo masculino que pode contribuir para ampliar a dominação masculina sobre a mulher e/ou para a construção e perpetuação de papéis e práticas sociais estereotipadas.
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