A pesquisa teve por objetivo compreender como ocorreu historicamente a relação da UFMG – Campus Montes Claros com seus egressos. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental, com vistas a conhecer a história dessa Universidade em Montes Claros e, posteriormente, averiguar a existência de políticas de acompanhamento desses profissionais. O estudo apontou que a atuação da UFMG em Montes Claros tem contribuído para o desenvolvimento regional, considerando, especialmente, a vocação agropecuária e a demanda por profissionais da área das Ciências Agrárias. Ademais, não obstante o expressivo número de profissionais formados, constatou-se que não há uma política sistematizada de acompanhamento, nem o aproveitamento de possíveis informações de ações desenvolvidas pela Administração Central da Universidade. À vista disso, pode-se indicar que a Universidade deixa de ter acesso a informações capazes de contribuir em processos avaliativos, na escolha de políticas públicas, na reestruturação das grades curriculares e projetos pedagógicos dos cursos e, até mesmo, na celebração de convênios e parceiras com outras instituições públicas ou privadas.
O trabalho teve como objetivo avaliar os egressos das Engenharias, tendo por recorte os ex-alunos das primeiras turmas da Universidade Federal de São João del Rei-MG. Enquanto percurso metodológico recorreu-se a análise estatística descritiva do perfil sociocultural e desempenho acadêmico de todas as matrículas do Campus. Em seguida foram realizadas entrevistas em forma de questionário online com os egressos. Os resultados indicam que os egressos constituem apenas 23% dos alunos que colaram grau, cujo perfil é feminino (69,0%), solteiro (86,5%) e oriundo do estado de Minas Gerais (93,5%). Referente aos desafios da inserção no mercado de trabalho, observou-se que o índice de rejeição nos processos seletivos nas pós-graduações foi baixo (9,2%) em comparação com as tentativas de trabalho nas iniciativas privadas (48,9%), o que parece ilustrar a atual crise econômica do país. Por fim, as avaliações em relação à instituição de ensino cursada foram positivas na percepção dos egressos, sendo que para a maioria dos que não estão atuando (62,5%), atribuiu-se a falta de oportunidades no mercado. Em vista do alto índice de desocupados, os dados da pesquisa se mostram relevantes para a criação de indicadores de avaliação dos cursos e da própria gestão Universitária, bem como, refletir sobre os desafios da formação do ensino superior em engenharia na empregabilidade do século XXI.
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