Revisão ResumoAloimunização é a formação de anticorpos quando há a exposição do indivíduo a antígenos não próprios, como ocorre, por exemplo, na transfusão de sangue incompatível e nas gestantes, cujos fetos expressam em suas células sanguíneas antígenos exclusivamente de origem paterna. Este artigo se restringe à aloimunização contra antígenos eritrocitários em pacientes obstétricas. Quase todos os anticorpos antieritrocitários podem ser enquadrados em um dos 29 sistemas de grupos sanguíneos já reconhecidos, sendo os mais comumente implicados na doença hemolítica perinatal o anti-D, anti-c e anti-Kell, seguidos por anti-C, anti-E, anti e, anti-Fyª e anti-Jkª. A pesquisa de anticorpos irregulares permite o diagnóstico de indivíduos aloimunizados e modernas técnicas genéticas têm melhor caracterizado estas pacientes para a profilaxia e segmento pré-natal. O tradicional acompanhamento das gestações de risco para a doença hemolítica perinatal, com a espectrofotometria do líquido amniótico e a transfusão intraperitoneal, vem rapidamente sendo substituído pela doplervelocimetria na artéria cerebral média e a transfusão intravascular guiada por ultrassonografia em tempo real. É possível também citar como avanços melhorias nos materiais e na qualidade do sangue transfundido, que, em conjunto, têm elevado a sobrevivência de fetos acometidos. Indubitavelmente, a correta aplicação da profilaxia com uso do anti-D é exitosa com potencial para reduzir os casos de aloimunização. AbstractAlloimmunization is the formation of antibodies when there is an exposition of the individual to non-self antigens, as it occurs, for example, in the transfusion of incompatible blood and pregnancies, in whom the fetus express in its sanguineous cells antigens exclusively of paternal origin. This article is restricted to the alloimmunization against erythrocytes antigens in obstetric patients. Almost all the anti-erythrocytes antibodies can be fit in one of the 29 systems of already recognized sanguineous groups, being more implied in the hemolytic disease of the newborn anti-D, anti-c and anti-Kell, followed by anti-C, anti-E, anti e, anti-Fyª and anti-Jkª. The research of irregular antibodies, to permit the diagnosis of alloimmunizated people, and the modern genetic techniques have better characterized these patients for the prophylaxis and prenatal segment. The traditional accompaniment of the gestations of risk for hemolytic disease of the newborn, with the spectral analysis of the amniotic liquid and the intraperitoneal transfusion, has being quickly substituted for the Doppler ultrasound evaluation in the middle cerebral artery, the intravascular transfusion guided for ultrasonography in real time, beyond improvements in the materials and the quality of the blood, that in set, have raised the survival of the attempting fetus. Doubtlessly, the correct application of the prophylaxis with use of anti-D is successful with potential to reduce the alloimmunization cases.
RESUMOOBJETIVO. Determinar as freqüências fenotípicas e predizer o risco de incompatibilidade e aloimunização materna RhD na população da Zona Oeste de São Paulo, Brasil. MÉTODOS. Estudo descritivo no qual avaliamos 2372 puérperas e seus recém-nascidos vivos, no período de um ano, tipificadas para os sistemas ABO e RhD por meio de teste de aglutinação em tubo. RESULTADOS. O estudo mostrou os seguintes percentuais: grupo sangüíneo O, 50,67%; A, 32,17%; B, 13,45%; AB, 3,71%; RhD(+), 90,34% e RhD(-), 9,66%. A ocorrência de incompatibilidade materno-fetal foi de 18,4% para o sistema ABO e de 7% para o RhD. CONCLUSÃO. O contingente da população Rh negativa com alto risco para aloimunização RhD foi estimado em 82%, denotando a importância da profilaxia da aloimunização RhD. UNITERMOS: Antígenos de grupos sangüíneos. Sistema de grupo sangüíneo ABO. Sistema de grupo sangüíneo RhHr. Isoimunização RH. FREQÜÊNCIAS FREQÜÊNCIAS FREQÜÊNCIAS FREQÜÊNCIAS FREQÜÊNCIAS DOS DOS DOS DOS DOS GRUPOS GRUPOS GRUPOS GRUPOS GRUPOS SANGÜÍNEOS SANGÜÍNEOS SANGÜÍNEOS SANGÜÍNEOS SANGÜÍNEOS E E E E E INCOMP INCOMP INCOMP INTRODUÇÃOOs grupos sangüíneos ABO e RhD desempenham um importante papel em Obstetrícia. Mulheres RhD negativas, ao gerarem conceptos RhD positivos (herança paterna) podem ser sensibilizadas, produzindo anticorpos anti-D, que, cruzando a barreira placentária, podem hemolizar eritrócitos fetais, causando anemia hemolítica perinatal (DHPN) 1 . Por outro lado, a compatibilidade entre mãe e feto para o grupo sangüíneo ABO pode favorecer a aloimunização materna 2 , elevando o risco de sensibilização RhD de 2% para 16%, nesta eventualidade 3 . O provável mecanismo envolvido nesta relativa proteção seria a rápida destruição das hemácias fetais incompatíveis pelos anticorpos maternos anti-A e/ou anti-B, o que originou a proposta de utilização de plasma contendo elevados títulos de imunoglobulina na prevenção da sensibilização materna pelo antígeno RhD.Este conhecimento nos permite estratificar a população obstétrica RhD negativa em dois subgrupos: aquele de alto risco para aloimunização, formado por mulheres ABO compatíveis com seus recém-nados, que deveriam ser o alvo prioritário de políticas públicas visando a profilaxia da sensibilização RhD e, como alvo secundário, aquelas mulheres ABO incompatíveis com seus conceptos, uma vez que apresentam risco oito vezes menor para desenvolvimento de aloanticorpos RhD 3 .
This study evaluated fetomaternal hemorrhage (FMH) in 343 postpartum patients who required prophylaxis of Rh alloimmunization with anti-D immunoglobulin. The rosette test was applied to screen for patients needing quantitative determination of fetal blood transferred from the maternal circulation, which was then measured by the Kleihauer-Betke test (K-B). The rosette test was positive in 22 cases (6.4%). In five of these cases, K-B did not show fetomaternal hemorrhage (a 1.45% false-positive rate for the rosette test), and in one case the test was inconclusive. There were 8 cases with FMH < 10 ml (2.3%), 6 cases with FMH from 10 to 30 ml (1.7%), and two cases with FMH > 30 ml (0.58%), requiring a supplementary dose of anti-D. The study concludes that following the rosette test, additional evaluation of FMH using a quantitative test was unnecessary in 93.6% of the cases.
Objetivo: avaliação da hemorragia feto-materna (HFM) nas pacientes que receberiam profilaxia da aloimunização Rh com emprego de imunoglobulina anti-D (300 µg), pós-aborto precoce. Método: foram admitidas no estudo pacientes do grupo sanguíneo Rh negativo, com parceiro Rh positivo ou ignorado, com quadro de aborto até 12 semanas de gestação internadas para curetagem uterina. Uma amostra de 5 mL de sangue venoso destas pacientes foi obtida após o procedimento, na qual realizamos o teste qualitativo de roseta para detectar quais casos necessitariam determinação quantitativa do volume de sangue fetal transferido para circulação materna, que foi então apurado pelo teste de Kleihauer-Betke (K-B). Resultados: das 26 pacientes avaliadas, em uma o teste de roseta foi positivo, e o teste de K-B apontou HFM de 1,5 mL. Conclusões: a dose de imunoglobulina anti-D nos casos de abortamento até a 12ª semana de gestação deveria ser substancialmente reduzida, parecendo-nos oportuna a disponibilização no mercado nacional de apresentação com 50 µg, que representaria além da economia, maior racionalidade.
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