En este artículo presentamos un conjunto de materiales inéditos procedentes del yacimiento arqueológico de Valencia do Sil (Vilamartín de Valdeorras, Ourense) almacenados en las dependencias del Concello de O Barco de Valdeorras. Este material proviene de diversas intervenciones llevadas a cabo sobre el sitio desde los años 60 hasta, probablemente, los años 80. Su interés radica no solo en su volumen, sobre todo en lo que respecta al conjunto cerámico, sino por la valiosa información que proporciona sobre un yacimiento conocido de antiguo por la historiografía pero del que apenas se tenía información
<p>A chamada Hispânia Visigótica foi, sem dúvida, uma sociedade estratificada e cindida. Não só em distintas classes sociais – sendo a aristocracia e o campesinato as duas principais –, mas também do ponto de vista das disputas internas às classes, algo que pode ser percebido pelas tensões intermitentes das quais a documentação nos dá apenas algumas pistas. Estes conflitos internos, no que diz respeito à aristocracia, são mais evidentes no contexto das constantes disputas pelo trono régio, porém se manifestam frequentemente nos conflitos pelo controle de patrimônio fundiário e dos dependentes. Em suma, a fim de amortecer e tentar controlar estes choques internos, podemos vislumbrar a existência de mecanismos privilegiados de articulação dos grupos dominantes, sendo um deles o palácio régio ou, como muitas vezes referido nos documentos de época, o <em>Officium Palatinum</em>.<em> </em>Assim, consiste em um dos objetivos fundamentais deste trabalho esboçar uma caracterização deste âmbito de articulação, bem como explicitar os níveis de dominação por ele propiciado.</p>
Para abordar uma série de realidades rurais, temporal e espacialmente diversas, é frequente a mobilização do termo “camponês” que tem uma larga tradição de estudos existente nas Ciências Humanas que remonta pelo menos ao século XIX. Porém, desde os anos 1980 houve uma redução expressiva no número de trabalhos com foco nesses agentes sociais. Para o mundo pré-capitalista em geral – e o medieval em particular – temos a existência de sociedades cuja absoluta maioria da população vive no campo e tira seu sustento majoritariamente do trabalho agrícola. Por sua vez, esses longevos anos de reflexão sobre o campesinato não encontraram eco marcante nos estudos do medievo, com aqueles que trabalhavam o solo merecendo de medievalistas comparativamente muito menos atenção que a aristocracia. Apesar disso, o termo “camponês” não é raro, aparecendo normalmente desprovido de uma reflexão conceitual mais aprofundada. O presente trabalho busca argumentar que a aplicação de uma conceituação mais precisa do campesinato permitirá ganhos analíticos e de compreensão historiográfica desse grupo internamente e historicamente heterogêneo. Para tanto, elabora-se uma breve revisão da bibliografia disponível e com base nela propõe-se uma maneira de abordar teoricamente o campesinato (alto)medieval.
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