O conceito de Pensamento Computacional tem sido polêmico e estudos recentes mostram que esse tipo de pensamento não está bem estabelecido, sobretudo no currículo da educação básica. Contudo, esse trabalho teve como objetivo construir uma métrica que representa a capacidade de pensamento computacional dos estudantes ao término do ensino fundamental. Para isso, foi utilizado um instrumento espanhol de diagnóstico de Pensamento Computacional, que por meio de uma abordagem quantitativa de característica exploratória-descritiva, atendendo ao rigor das técnicas estatísticas de análise multivariada de dados, possibilitou construir e validar um modelo integrado por três dimensões estruturantes: algoritmo, reconhecimento de padrão e decomposição. Buscou-se responder à pergunta chave de quais são as habilidades que os estudantes ao término do ensino fundamental de uma cidade do oeste paulista mobilizam e articulam diante da resolução de problemas, por meio de tarefas desplugadas de fundamentos da ciência da computação. Um total de 462 estudantes responderam voluntariamente ao teste de Pensamento Computacional no período de outubro a dezembro de 2019, o que corresponde a 74,6% dos concluintes do ensino fundamental no município de Santa Cruz do Rio Pardo.
Este trabalho de cunho qualitativo investigou numa comunidade de prática de programadores as relações formalizadas por alunos com baixo rendimento em matemática, antes, durante e após participarem de oficinas de programação. Por meio da participação periférica legítima, buscou-se apontar como os alunos percebem a necessidade e/ou importância da matemática enquanto estão programando, quais são os conceitos matemáticos apropriados nessa construção, àsrelações estabelecidas, e as facilidades e/ou dificuldades durante esse processo. A pesquisa contou com oito oficinas e utilizou a ferramenta Processing 2. Da aprendizagem situada delinearam-se seis categorias de análise e tentou-se buscar subsídios para responder outros questionamentos como: Quais são as vantagens de aulas de matemática utilizando ferramentas de programação? Enquanto os alunos trabalhavam na solução dos desafios, estavam a “programar para aprender”. À medida que se avançaram nas oficinas, os alunos aumentaram sua atitude reflexiva, de modo que a ferramenta passou a ser apenas um suporte.
RESUMOEste artigo tem o intuito de discutir acerca da aprendizagem Matemática, num viés analítico do campo da Psicologia da Educação Matemática, sobre a autoeficácia dos estudantes do Ensino Médio diante de problemas matemáticos contendo dados supérfluos, tendo como sujeitos, alunos de uma escola que trabalha com classes interseriadas, na qual o conteúdo escolar é abordado de forma transdisciplinar no transcorrer das propostas sugeridas pelas "Oficinas de Aprendizagem". Procurouse responder ao longo da discussão como a dinâmica dessa metodologia contribui para a autoeficácia dos alunos. Foi possível tratar de outras questões que permeiam o processo de resolução de problemas, como a interpretação do enunciado. Apesar da maioria dos alunos apresentarem dificuldades de natureza conceitual, percebe-se que outros fatores também proporcionaram entraves na resolução dos problemas, como os de ordem emocional. Os resultados apresentam a necessidade de preparar o estudante para desafios futuros, torná-los responsáveis e atuantes com perfil de autoaprendizagem, além de que os estudantes evidenciaram dificuldades na interpretação dos problemas, ocasionada pelos dados supérfluos inseridos intencionalmente no contexto dos desafios.
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