Objectives: to evaluate cesarean taxes by looking at Robson classification on 10 groups (G) and the principal indications at the prevalent groups and at G10. Methods: cross-sectional, observational, retrospective study, including all deliveries performed in a public hospital in Distrito Federal in 2019. Data were collected from medical records and pregnant women were classified in 10 groups. Pearson’s chi-squared test was used to calculate the p-value. The risk estimate for cesarean was defined by common odds ratio of Mantel-Haenszel, with calculation of odds ratio (OR) and 95% confidence interval (CI95%). Results: there were 2,205 deliveries, 1,084 (49.1%) of which were cesarean and 1,121 (50.9%) vaginal deliveries. The principal factors for cesarean were G5 (39.3%), G2 (21.2%) and G1 (13.6%). At G10, cesarean had 51.5% of births, not differing statistically from the other groups (p>0.05). Considering all preterm births, G6 to G10 and the other groups, there is a bigger chance of cesarean happening in relation to normal labor (OR=1.4; CI95%= 1.011-2.094; p=0.042). Dystocia remained at G1 and G2, previous cesarean at G5 and hypertensive syndrome at G10. Conclusion: cesarean was most prevalent delivery route, showing elevated rates even in primiparous and preterm births. Preponderance of dystocia and acute fetal distress suggests better evaluation of the diagnostic criteria, mainly in G1, G2 and G10.
Introdução: Em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a utilização da Classificação de Robson (CR) para monitorar e comparar as taxas de cesárea ao longo do tempo em um mesmo hospital e entre hospitais diferentes. A CR divide as gestantes em dez grupos, auxiliando na identificação do risco para cesárea e na proposição de estratégias para trazer a taxa de cesárea o mais próximo do ideal, sem comprometer a qualidade do serviço. Objetivo: Avaliar as taxas de cesáreas em um hospital público do Distrito Federal pela CR. Material e Métodos: Estudo transversal, observacional e retrospectivo que incluiu todos os partos realizados no período de janeiro a dezembro de 2019 em um hospital público de referência para partos na cidade de Brasília, Distrito Federal (DF). Coletaram-se os dados de prontuários eletrônicos do sistema Intersystems trackCareTM, da Secretaria de Estado e Saúde do DF. As gestantes foram categorizadas em dez grupos de acordo com as características: paridade, cesárea prévia, início de trabalho de parto, idade gestacional, apresentação fetal e número de fetos. A frequência dos eventos foi realizada no programa SPSS Statistics v.22 e teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Superior de Ciências da Saúde (CEP/ESCS, 1.689.117). Resultados e Conclusão: Em 2019, ocorreram 2.205 partos, sendo 1.121 (50,9%) partos normais e 1.084 (49,1%) cesáreas. De acordo com a CR, os grupos G1 (nulípara, feto único, cefálico, ≥37 semanas, trabalho de parto (TP) espontâneo), G3 (multípara sem cesárea anterior, feto único, cefálico, ≥37 semanas, TP espontâneo) e G5 (multípara com cesárea prévia, feto único, cefálico, ≥37 semanas) totalizaram 69,2% dos partos. Os grupos G5 e G2 (nulípara, feto único, cefálico, ≥37 semanas, induzido ou cesárea antes do TP) contribuíram com mais de 50% das cesáreas, — 39,3 e 21,2%, respectivamente. Dentro dos grupos, o G5 teve 81,1% de seus partos cesáreas, seguido dos grupos G2, com 77,4%, e G10 (gestação única, feto cefálico, 36 semanas, inclusive com cesárea prévia), com 51,5%. Os grupos G6 (nulíparas com apresentação pélvica), G7 (multíparas com apresentação pélvica, inclusive com cesárea prévia), G8 (gestações múltiplas, inclusive com cesárea prévia) e G9 (gestações córmicas ou oblíquas, inclusive com cesárea prévia), juntos, totalizaram 5% dos partos e contribuíram com 9,6% do total de cesáreas. Destarte, percebe-se que as taxas de cesárea no hospital de estudo foram compatíveis com as taxas encontradas no Sistema Único de Saúde do Brasil, porém muito acima do recomendado pela OMS (15%). O G5 foi mais prevalente, seguido dos grupos G2 e G10, recomendando estratégias específicas dirigidas às nulíparas e aos pré-termos.
Introdução: No Brasil, a taxa de cesárea situa-se em torno de 56%, valor este maior do que os 15% preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como ideal. A OMS estima que cerca de 6,2 milhões de cesáreas sem a justa indicação de salvaguardar o binômio materno-fetal são realizadas por ano. No Brasil, calcula-se que esse valor chegue a 560 mil, o que equivale a R$ 84 milhões. O Índice de Apgar avalia a vitalidade do recém-nascido e seu valor está fortemente associado ao tipo de parto, tendo o escore do 5º minuto menor que 7, associação importante com mortalidade e morbidade neonatal. Objetivo: Avaliação das indicações obstétricas de cesárea por meio do Escore de Apgar em um hospital público do Sistema Único de Saúde, de referência para parto no Distrito Federal. Método: Estudo de corte transversal, incluindo todos os partos no período de janeiro a dezembro de 2019. Os dados foram coletados dos prontuários eletrônicos do sistema Intersystems TrackCareTM. A frequência dos eventos foi realizada no programa SPSS Statistics v.22 com teste χ2 de Pearson para o cálculo do p-valor. Parecer 1.689.117 do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Superior de Ciências da Saúde (CEP/ESCS). As indicações de cesáreas foram categorizadas em síndromes hipertensivas (SH), sofrimento fetal (SF) e cesárea prévia. Foram comparadas as frequências relativas de cada indicação. Resultados: Dos 2.205 partos, 1.084 (49,1%) foram cesáreas. A frequência do Apgar <7 no 5º minuto ocorreu em 0,7% de todos os tipos de parto, e não houve diferença estatisticamente significativa entre os partos normais (0,7%) e cesáreas (0,7%), com p>0,05. As principais causas de indicação de cesárea foram distócia (471 — 43,5%), cesárea prévia (387 — 35,7%), SF (247 — 22,8%), SH (118 — 10,9%) e cesárea por pós-termo (≥41 semanas, 91 — 8,4%). Para essas indicações, Apgar <7 no 5º minuto ocorreu, respectivamente, em 0,21% (1), 0,78% (3), 1,2% (3), 3,39% (3) e 0,0% (0). Conclusão: As altas taxas de cesárea evidenciadas neste estudo e tendo distócia e cesárea prévia como as indicações mais prevalentes, ressaltam a necessidade de melhor avaliação clínica da gestante e para a quebra de paradigma de uma vez cesárea sempre cesárea, se considerarmos que a avaliação do Apgar no 5º min não evidenciou benefícios estatisticamente significantes em relação às vias de parto.
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