Introdução: A avaliação do desempenho da Estratégia Saúde da Família tem se mostrado difícil no Estado de São Paulo por razões diversas, como a baixa cobertura da população, associada paradoxalmente a indicadores de saúde acima da média nacional. Objetivo: Avaliar o desempenho de alguns indicadores do “Pacto pela Atenção Básica” e do “Pacto pela Saúde” em municípios do Estado de São Paulo com alta cobertura da Estratégia Saúde da Família em comparação ao restante do Estado. Métodos: Indicadores do “Pacto pela Atenção Básica” e do “Pacto pela Saúde” foram acompanhados nos 110 municípios que alcançaram 90% ou mais de cobertura da Estratégia Saúde da Família em um período mínimo de sete anos e comparados com os indicadores do restante do Estado. Resultados: A taxa de mortalidade infantil apresentou uma tendência de queda muito mais importante em relação ao Estado. A taxa de internação por acidente vascular cerebral mostrou-se maior nos municípios em relação ao Estado. A razão de exames citopatológicos dos municípios da amostra foi quase o dobro da encontrada no Estado; a taxa de alta dos pacientes com tuberculose foi superior em pouco mais de 13% em comparação à média do Estado e a taxa de cura de hansênicos apresentou variação menor (5%), mas favorável à amostra. Conclusões: Os achados sugerem que a estratégia esteja contribuindo para a melhora dos indicadores de processo, bem como de alguns indicadores de resultado, demandando maior seguimento dos últimos.
Introdução: Tanto o angiossarcoma esplênico quanto o linfoma não Hodgkin (LNH) de células B não só são raros como apresentam desafios diagnósticos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, obeso, sudorese noturna há um ano, e dor abdominal cíclica há dois, com clínica inicial de angiossarcoma, contudo, sob o exame histopatológico e imuno-histoquímico, mostrou tratar-se de LNH de células B com apresentação atípica. A ultrassonografia (US) de abdome total realizada ao início do sintoma de sudorese noturna não teve alterações. Após um ano, a US apresentou massa esplênica. Na ressonância magnética da região abdominal, constatou-se tumoração esplênica expansiva heterogênea no aspecto anterior, suspeita de angiossarcoma esplênico. Após esplenectomia total, pancreatectomia caudal e linfadenectomia retroperitoneal, o exame histopatológico mostrou neoplasia maligna pouco diferenciada extensamente necrótica substituindo o parênquima esplênico. O estudo imuno-histoquímico foi positivo para os marcadores CD20 em diversos focos, para o BCL2 e para o KI67 (em 95% dos núcleos das células neoplásicas). A histopatologia e a imuno-histoquímica foram compatíveis com o diagnóstico de LNH difuso de alto grau, com imunofenótipo B do baço, sem sinal de infiltração de tecidos adjacentes. Após a esplenectomia total e quatro ciclos de quimioterapia, o paciente estava livre do linfoma e sem sintomas. Conclusão: É de suma importância o reconhecimento do diagnóstico correto de neoplasias raras como a relatada. Tanto a clínica quanto os exames de imagem, mesmo que fundamentais, podem ser imprecisos, reiterando a importância dos exames histológico e imuno-histoquímico complementares.
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