Objetivo: Avaliar o conhecimento e o uso dos procedimentos que envolvem a biossegurança por cirurgiões dentistas e assistentes de saúde bucal em um município do sertão de pernambucano, buscando averiguar a compreensão da necessidade e da importância da utilização da biossegurança. Métodos: Estudo observacional descritivo realizado através de questionário aplicado para os profissionais da área odontológica vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) do município de Arcoverde, Pernambuco, Brasil. A amostra foi constituída de 29 profissionais da área odontológica que responderam ao questionário, sendo 9 dentistas e 20 auxiliares. Resultados: Cem por cento dos profissionais afirmam lavar as mãos antes e depois dos procedimentos. Apenas 20% dos ASB lavam o instrumental em pia fora do consultório; 90% costumam fazer a assepsia da cadeira odontológica após cada atendimento; 95% costumam fazer a assepsia da cuspideira e do equipo/cárter após cada atendimento. Conclusão: Os profissionais possuem conhecimento satisfatório acerca da biossegurança no consultório odontológico. Contudo, deve-se uma atenção especial ao uso de luvas estéreis e de campo cirúrgico durante os procedimentos necessários, bem como à disponibilização de equipamentos de proteção individual aos pacientes, a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. Descritores: Contenção de riscos biológicos. Saúde bucal. Sistema Único de Saúde. Educação continuada.
A quimioterapia é o tratamento mais amplamente utilizado para o câncer. Entre os seus efeitos indesejáveis, podem-se citar manifestações bucais como mucosite e xerostomia. Objetivos: Identificar alterações bucais causadas pelo tratamento quimioterápico e avaliar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de pacientes submetidos a essa modalidade de tratamento. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo desenvolvido em uma unidade de referência em tratamento oncológico no sertão brasileiro. A amostra foi constituída de 68 pacientes em tratamento quimioterápico que participaram das seguintes etapas: preencher uma ficha de coleta de dados pessoais sobre a saúde bucal e o tratamento quimioterápico; responder ao questionário Oral Health Impact Profile; e realizar exame físico intraoral para detectar alterações bucais. Resultados: As complicações bucais mais identificadas na amostra estudada foram xerostomia (60,3%), mucosite (39,7%) e ardência (27,9%). A presença de problemas gengivais e ardência bucal demonstrou correlação positiva com a mucosite (p = 0,000). O impacto da saúde bucal na qualidade de vida da amostra estudada foi considerado baixo (média de 5,40, numa escala de 0–28), no entanto pacientes com e sem mucosite apresentaram médias 8,28 e 3,33, respectivamente, o que demonstrou correlação estatisticamente significativa entre a presença da mucosite e a qualidade de vida (p = 0,002). Conclusão: Xerostomia e mucosite foram as alterações bucais mais frequentes, e a presença da mucosite oral impactou negativamente na qualidade de vida dos pacientes em tratamento quimioterápico.
RESUMOObjetivo: Descrever a mortalidade por cânceres da boca e faringe em crianças e adolescentes, dentre as neoplasias malignas registradas em brasileiros.Métodos: Estudo retrospectivo de 167 óbitos de crianças (zero a 14 anos) e adolescentes (15 a 19 anos) registrados entre 1999 e 2005 no Brasil, e classificados nos códigos do Capítulo II (neoplasias-tumores) da CID-10, de acordo com a codificação de cânceres da boca e faringe (C00-C14). Os dados foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, disponibilizado em CD-ROM.Resultados: A mortalidade proporcional por cânceres da boca e faringe na faixa etária em estudo representou 0,8% do total dos óbitos por todas as neoplasias e essa mortalidade aumentou com a idade (0,26% para <1 ano e 1,52% para 15 a 19 anos). Entre zero a 14 anos ocorreram 69 óbitos (46 do sexo masculino e 23 do feminino) e, entre 15 e 19 anos, 98 óbitos (64 do sexo masculino e 34 do feminino), correspondendo a 0,5% (n=167) do total de óbitos por cânceres da boca e faringe registrados no Brasil.Conclusões: A mortalidade foi maior em adolescentes do sexo masculino. O sítio anatômico que mais levou a óbito crianças e adolescentes foi a nasofaringe, sendo a orofaringe a topografia mais acometida da cavidade bucal.Palavras-chave: neoplasias bucais; neoplasias faríngeas; mortalidade. ABSTRACT Objective:To describe the mortality in children and teenagers due to mouth and pharynx cancers among neoplasm cases registered in Brazil.Methods: This is a retrospective study of 167 deaths of children (zero to 14 years old) and teenagers (15 to 19 years old) registered between 1999 and 2005 in Brazil, that were classified under the ICD-10 codes of mouth and pharynx cancers (C00-C14), in Chapter II. The data were obtained from the Information System about Mortality of the Ministry of Health, available in CD-ROM.Results: The proportional mortality for mouth and pharynx cancers in the studied group represented 0.8% of the total deaths from all neoplasms. The mortality increased with age (0.26% for <1 year old children and 1.52% for 15 to 19 years old teenagers). There were 69 deaths (46 males and 23 females) of children aged from zero to 14 years old and 98 deaths (64 males and 34 females) of teenagers from 15 to 19 years old, corresponding to 0.5% (n=167) of the total deaths caused by mouth and pharynx cancers recorded in Brazil.Conclusions: Mortality was higher in male teenagers. The anatomic site that lead to more deaths of children and teenagers was the nasopharynx. Oropharynx was the most affected topography of the oral cavity.
A anquiloglossia caracteriza-se pela presença de um freio lingual curto que pode inserir-se desde o rebordo alveolar até o ápice lingual e, até promover uma verdadeira fusão da língua ao assoalho. Um freio lingual curto poderá gerar vários problemas como distúrbios fonéticos. Objetivo: descrever uma técnica cirúrgica para tratamento da anquiloglossia utilizando um anestésico tópico oftálmico e uma tentacânula para elevação da língua. Relato do caso: Uma paciente com 15 anos de idade foi encaminhada para cirurgia do frênulo lingual devido à comprometimento da fala. O exame clínico revelou a presença de anquiloglossia, dificultando a pronúncia dos fonemas T, D, L e, reduzindo a mobilidade da língua. A técnica cirúrgica escolhida foi a frenectomia lingual. Um anestésico tópico oftálmico foi aplicado inicialmente nas bordas laterais do freio com o paciente na posição vertical e na presença de aspiração adequada. Com o auxílio de uma tentacânula, a língua foi elevada e o frênulo foi gradualmente liberado com uma tesoura serrilhada Goldman-Fox. O anestésico tópico foi continuamente gotejado para o local cirúrgico durante a cirurgia. Resultados: Nenhuma dor pós-operatória foi relatada pelo paciente, a cicatrização ocorreu normalmente e não houve recorrência da inserção anormal do frênulo. Conclusão: As vantagens dessa técnica em comparação aos métodos convencionais que utilizam anestesia infiltrativa, incluem menor trauma e uma avaliação mais precisa dos movimentos da língua durante a cirurgia, pois haverá um melhor controle da mobilidade do paciente quando comparado às técnicas infiltrativas.
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