Pautar reflexões críticas acerca da temática de gênero e educação é uma importante estratégia de enfrentamento e desconstrução do sexismo, da homofobia, do machismo, das violentas desigualdades de gênero. E através dessa pauta poder ampliar e aprofundar nossa compreensão sobre igualdade e desigualdade, pois (...) a noção política de igualdade inclui o reconhecimento da existência da diferença, pois do contrário, a igualdade poderia ser definida como uma indiferença deliberada diante das distinções específicas para um determinado contexto (SCOTT, 1992, p.85-104).Faz-se necessário que trabalhadores (as) da\na educação repensem saberes e práticas que estejam reforçando determinismos biológicos presentes nos padrões de gênero que aprisionam homens e mulheres em comportamentos para cada sexo e estão na base constitutiva das desigualdades de gênero. Além da discussão dos determinismos biológicos, cabe a reflexão sobre o conjunto de símbolos e práticas que cada sociedade constrói sobre o que é apropriado para cada sexo.Incluir gênero e diversidade sexual NA educação expressa uma pluralidade de desejos e intenções, desde o reconhecimento da necessária mudança cultural, até a urgência na construção de referências teóricas e metodológicas que problematizem os preconceitos e potencializem a dimensão ética, estética e humanizadora das diferenças, deixando de transformá-las somente em desigualdades. No artigo, GÊNEROS NÃO-BINÁRIOS: IDENTIDADES, EXPRESSÕES EEDUCAÇÃO, Neilton dos Reis e Raquel Pinho discutem, teoricamente, a construção não-binária de gêneros. Assim, destacam a importância do processo educativo no que se refere à socialização entre adolescentes, jovens e adultos e, neste contexto, aquilo que chamam de
Inspirada em Medeia, tragédia de Eurípedes, Anjo Negro – peça escrita por Nelson Rodrigues em 1946 – conta a trajetória de um casal inter-racial que se põe a velar seu terceiro filho assassinado. Ele, homem negro, médico. Ela, mulher branca, aprisionada pelo marido entre os muros da mansão do casal. Através da escrita dramatúrgica de Rodrigues, buscamos refletir o dispositivo da racialidade e da resistência na produção artística, bem como a produção de subjetividade no país da mítica democracia racial. Quando faltam palavras para pôr em pauta o sofrimento gerado no processo de racialização do sujeito negro, em oposição à branquitude tomada enquanto norma e identidade não racializada, a arte oferece o transbordamento, o movimento e a resistência. Arriscamo-nos em uma análise ensaística, compreendendo a autoria enquanto uma multiplicidade: quem escreve, escreve com muitos, com um período histórico e seus empreendimentos. Assim também lemos Anjo Negro, em busca da compreensão do que a obra comunicou quando produzida e o que hoje representa.
O texto relata a capacitação para professores sobre a lei 10.639/2003, realizada pelo Coletivo Agbára RS e pela Secretaria de Educação do município de Venâncio Aires/RS. O objetivo é contribuir para a educação antirracista, com a participação da Psicologia. A capacitação ocorreu em cinco encontros presenciais e atividades à distância, totalizando 20 horas, de setembro a novembro de 2019. Os resultados apontaram a necessidade de capacitações continuadas e a mensuração dos dados alcançados pelos professores.
Resumo O objetivo deste estudo consiste em revisar as produções acadêmicas publicadas nos últimos dez anos, sobre a automutilação na adolescência e suas repercussões na vivência escolar. A metodologia utilizada foi a revisão integrativa da literatura a partir das bases de dados Scielo e Scopus. Como resultados, destaca-se a identificação de 13 artigos, os quais foram analisados através das categorias: i) perspectiva do professor, tendo como base os desafios enfrentados e as contribuições do contexto escolar em casos de automutilação; e ii) fatores desencadeantes relacionados à automutilação. Conclui-se que para os adolescentes o ato de automutilar-se é uma forma de comunicação consigo mesmos e com os outros, sendo um movimento solitário e ao mesmo tempo sinalizador do sofrimento psíquico que estão vivenciando, o qual pode ser observado e experienciado de diversas formas. A palavra, o gesto, a vivência e as atitudes como um todo, individuais e coletivas, são consideradas como fatores geradores tanto da aceitação de suas questões psíquicas, como ocasionadores do ato de auto mutilar-se. Nesse sentido, a percepção da família e do professor tornou-se um movimento importante, na visão dos adolescentes, pois ambos têm condições de ajudá-los, oferecendo suporte, apoio, acolhimento e escuta, essenciais para enfrentarem o período conturbado que estão vivendo.
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