Nos últimos anos, uma verdadeira “cruzada antigenêro” tem tomado conta da agenda política de uma parte conservadora e reacionária da sociedade brasileira que não foi capaz de absorver as discussões e o avanço dos estudos de gênero no país. Tendo em vista esse novo cenário, o objetivo principal deste ensaio teórico, que lançou mão de diferentes referências bibliográficas relativas aos estudos de gênero, é refletir acerca deste conceito, cujo caráter social é enfatizado, e destacar como tais questões foram incorporadas nos documentos oficias de educação. Buscamos, ainda, identificar os efeitos das investidas em torno da problemática de gênero que se caracteriza pelo desprezo ao conhecimento científico da área, gerando consequências negativas para a formação das futuras gerações, uma vez que pretende excluir da escola o debate sobre o tema, tornando-o tão urticante quanto há tempos buscam fazer com o feminismo. Ao final, discutimos alguns dados acerca da assimetria entre os gêneros no Brasil, reiterando a necessidade da incorporação deste debate no ambiente educativo, bem como a postura de resistência frente ao momento em que os direitos humanos no país estão ameaçados.
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