RESUMOOs anos iniciais do século XX contaram com uma imprensa periódica que exigia mais direitos para as mulheres, educação, instrução e o voto. Essa imprensa foi influenciada pela imprensa internacional que se veiculava no país em número suficiente e a preços acessíveis. As revistas e jornais vinham principalmente dos Estados Unidos e da Europa, que, nesse momento, se agitava em torno do feminismo e dos tempos de guerra. Os periódicos, de longa ou curta duração, esporadicamente contemplavam ideias acerca do papel das mulheres na sociedade, mas nem sempre havia unanimidade em sua ideologia e representação do protagonismo feminino. Com seu beneplácito, vieram à luz as expectativas de segmentos intelectualizados da sociedade brasileira, em especial nas maiores cidades do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, no tocante à educação das mulheres e sua destinação para a maternidade, conjuntamente com a educação de crianças. A abordagem adotada volta-se para os conceitos da História da Educação, história das mulheres, estudos de gênero e imprensa. ABSTRACTThe early years of the Twentieth Century have seen a periodical press that demanded greater rights, education and voting for women. This press release was influenced by the international press that ran in the country at sufficient and affordable prices. Magazines and newspapers came mainly from the United States and Europe at that time; both places were shaken by the times of war and the movements of feminism at the time. Periodicals of longer or shorter duration occasionally reflected on ideas about the role of women in society, though there was not always unanimity in their ideology and representation of the female role. With their approval, the expectations of intellectualized segments of Brazilian society began, especially in the larger cities of the country, concerning the women's task as the educators of children and their destiny of motherhood. The research issue is related to the magazines that emerged in the dawn of the century until the forties, selected as sources yet unexplored, given its rarity. Our approach turns to the concepts of the history of education, women's history, gender studies and press studies.
In this article, in a historical perspective, the authors discuss the symbolization of the female figure in the social imaginary in relation to a teaching career, based on the practices of teacher training, professionalization and co-education,. Since colonial times, the education of females in Brazil has always been permeated with expectations about domestic duties being women's main role. The opening of the possibility of entering a paid profession that was in harmony with this role made the teaching profession the vocational path of women in education from the outset. The subordination of the female sex to the male sex is another mechanism of social control between the sexes, which also means a relation of power. Power aims, above all, to regulate habits and customs and to sanitize and moralize behaviours. As a consequence, it induces full compliance with the legal, social and religious precepts. This ideal retains the privileges of the minority group, whether in terms of social class or sex.
Nos últimos anos, uma verdadeira “cruzada antigenêro” tem tomado conta da agenda política de uma parte conservadora e reacionária da sociedade brasileira que não foi capaz de absorver as discussões e o avanço dos estudos de gênero no país. Tendo em vista esse novo cenário, o objetivo principal deste ensaio teórico, que lançou mão de diferentes referências bibliográficas relativas aos estudos de gênero, é refletir acerca deste conceito, cujo caráter social é enfatizado, e destacar como tais questões foram incorporadas nos documentos oficias de educação. Buscamos, ainda, identificar os efeitos das investidas em torno da problemática de gênero que se caracteriza pelo desprezo ao conhecimento científico da área, gerando consequências negativas para a formação das futuras gerações, uma vez que pretende excluir da escola o debate sobre o tema, tornando-o tão urticante quanto há tempos buscam fazer com o feminismo. Ao final, discutimos alguns dados acerca da assimetria entre os gêneros no Brasil, reiterando a necessidade da incorporação deste debate no ambiente educativo, bem como a postura de resistência frente ao momento em que os direitos humanos no país estão ameaçados.
As mulheres que militavam durante o período militar, tiveram inúmeras barreiras para se desprender e irem as ruas lutar pelos seus direitos, seus interesses, além de ter que enfrentar os obstáculos sociais, tinha a existência de tortura durante este mesmo período não a intimidara, e por consequência deste fato, muitas delas passaram pela tortura, que se consistia em violência física, psicológica e moral, após essas torturas que elas foram submetidas ocasionando marcas que estão presentes até os dias atuais.
Não se pode negar a existência do racismo, do machismo e da misógina enraizados na cultura nacional, pois é certo que toda sociedade tem sua mentalidade moldada pelas influências e fatos históricos aos quais foi submetida durante todo seu processo de formação e desenvolvimento. Não se pode negar também que, devido a esses fatores de opressão social, mulheres negras e, principalmente, pobres se encontram à margem da sociedade. Este artigo foi elaborado por meio de levantamento bibliográfico e propõe uma breve análise de acontecimentos históricos com o intuito de demonstrar o modo como mulheres negras foram tratadas e representadas durante a história do Brasil e os reflexos dessas ocorrências nos dias de hoje. A pesquisa tem como pauta principal as problematizações, reivindicações e participações políticas e sociais do portal Geledés, Instituto da Mulher Negra, além de apresentar dados e estatísticas de escala nacional que comprovam a disparidade social e econômica das mulheres negras em comparação à média do país. Por fim, fica evidente que a limitada representação política e social, além das ínfimas políticas públicas voltadas especificamente para mulheres negras são os principais agentes causadores da situação social que deixa essas mulheres em circunstâncias de marginalização e vulnerabilidade a quaisquer tipos de violência por parte da população e do próprio Estado.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2025 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.