A energia eólica tem experimentado um exponencial e virtuoso crescimento no Brasil. De 2009 a 2012, nos seis leilões em que a fonte eólica participou, foram contratados 7 GW em novos projetos representando mais de 25 bilhões de reais em investimentos. A trajetória da fonte eólica que deverá chegar em 2017 com 8,5 GW de capacidade instalada teve início com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Lançado em 2004 e baseado em um estruturado modelo de financiamento e políticas regionais, o Proinfa foi responsável pela contratação de 1.422,9 MW, por meio de preços subsidiados. O ano 2012 foi marcado pela comemoração da inserção de 2 GW de potência instalada de energia eólica no sistema elétrico nacional, de forma que o Brasil encerra o ano de 2012 com 2,5 GW de potência eólica instalada e 2% de participação na matriz elétrica brasileira. Porém, também foi um ano de grandes desafios e dificuldades para a fonte eólica, o que culminou em uma relativa desaceleração para esta indústria. Inclusive com a realização de apenas um leilão que teve a menor demanda contratada de todos os leilões de energia nova já realizados. A reduzida contratação também resultou em preços muito baixos, uma vez que a competição foi muito acirrada, a oferta foi 28 vezes superior a demanda, de forma que o certame foi encerrado com preços médios de R$ 90,00 por MWh. A indústria eólica está passando por uma fase crucial de consolidação, apresentando estágio ainda imaturo, a existência de onze fabricantes, cada um com capacidade média de produção de 500 MW por ano de equipamentos, não necessariamente determina uma oferta de 5.000 MW de máquinas. É certo que o ano 2012, sob o aspecto da contratação, não foi um período muito animador, visto que a economia cresceu menos do que o esperado e para 2013 espera-se a retomada do crescimento do PIB nacional, em torno de 4%, e a retomada nos níveis de contratação de energia elétrica, possibilitando, dessa forma, que seja mantida a meta do setor de 2,0 GW por ano, garantindo a consolidação e a sustentabilidade da indústria no longo prazo.