FUNDAMENTOS - A alta frequência das micoses cutâneas justifica a necessidade de avaliar a possível contribuição da determinação do perfil de susceptibilidade aos antifúngicos in vitro. OBJETIVO - Avaliar se existe variabilidade nos isolados fúngicos quanto à susceptibilidade in vitro de fungos filamentosos, previamente isolados de micoses cutâneas, frente aos antifúngicos fluconazol, cetoconazol, itraconazol e terbinafina. MÉTODOS - Os fungos foram isolados e identificados por meio da metodologia clássica e o teste de susceptibilidade aos antifúngicos foi realizado segundo o método de microdiluição em caldo, de acordo com protocolo preconizado pelo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI), documento M38-A. RESULTADOS - Das 80 amostras de fungos filamentosos identificadas, o gênero Trichophyton representou 81%. As quatro drogas analisadas apresentaram grande variação nos gêneros Trichophyton e Microsporum. O gênero Fusarium foi resistente a todas as drogas testadas. A terbinafina foi o antimicótico mais eficaz contra a maioria dos isolados fúngicos. CONCLUSÃO - Houve uma grande variabilidade nos perfis de resposta aos antifúngicos testados. O estabelecimento de um método-teste de referência permitirá ao clínico maior objetividade na escolha de uma terapia adequada.
FUNDAMENTOS: Onicomicoses são afecções ungueais de origem infecciosa causadas por fungos e estão entre as principais onicopatias em todo o mundo. OBJETIVOS: Determinar a freqüência de leveduras como agentes etiológicos de onicomicoses na cidade de Maringá, PR, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se um estudo retrospectivo do período entre janeiro de 1997 e dezembro de 2004, em que foram avaliados os resultados de 1.295 pacientes com suspeita de onicomicose, recebidos no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil. RESULTADOS: A confirmação micológica de onicomicose ocorreu em 761 (58,76%) desses pacientes. As mulheres foram responsáveis por 71% das onicomicoses, e os homens, por 29%. A prevalência nas unhas das mãos foi de 28,67% e nas unhas dos pés, 71,33%. Em relação aos agentes, as leveduras foram mais freqüentemente isoladas (46,39%), seguidas pelos dermatófitos (40,60%) e pelos fungos filamentosos não dermatófitos (13,01%). CONCLUSÃO: A alta freqüência de fungos leveduriformes em onicomicoses indica aprimoramento nas técnicas diagnósticas de confirmação laboratorial de fungos oportunistas. Esses resultados, associados à abordagem clínica do paciente, possibilitam maior segurança no diagnóstico e tratamento.
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