Durante a pandemia da Covid-19, houve um aumento no consumo comercial dos medicamentos Hidroxicloroquina e Ivermectina para o tratamento da doença devido aos resultados positivos encontrados em testes in vitro. Entretanto, não há indícios científicos de que estes medicamentos, em dosagens seguras, sejam eficazes para a patologia em seres humanos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e genotoxicidade dos medicamentos através do bioensaio Allium cepa. Com isso, para controle positivo, foi utilizado 800mg de Paracetamol e para o negativo, água filtrada. Os fármacos Hidroxicloroquina e Ivermectina apresentaram potencial tóxico em suas dosagens usuais. Além disso, um dos bulbos tratados com Ivermectina apresentou alterações morfológicas em suas raízes. O medicamento antimalárico (Hidroxicloroquina) não apresentou risco genotóxico nas dosagens testadas, mas oferece risco à saúde humana quando administrada em excesso, e sem recomendação médica, ou com associação com outros medicamentos, tal como a azitromicina. O fármaco Ivermectina apresentou risco genotóxico em duas das quatro concentrações testadas, apresentando aumento do número de micronúcleos de acordo com o aumento da dose. Portanto, para consumo desses medicamentos, é necessário um acompanhamento médico responsável, além de seguir as recomendações adequadas. Até o presente momento, o protocolo correto de vacinação é o único método eficaz de profilaxia.
Os inseticidas são agrotóxicos utilizados para controlar insetos prejudiciais às plantações agrícolas. Entretanto, o uso exacerbado de agrotóxicos pode resultar em efeitos tóxicos à saúde humana e inúmeros impactos socioambientais. Diferentes ensaios de toxicidade podem ser utilizados para analisar o efeito tóxico de determinadas substâncias. Dentre eles, o bioensaio com Artemia salina é considerado um teste rápido, confiável e de custo acessível, quando comparado a testes em outros modelos animais, como mamíferos. O objetivo com esse estudo foi avaliar o potencial tóxico do inseticida agrícola ciromazina utilizando o microcrustáceo A. salina. Os náuplios permaneceram em contato com a substância teste diluída em solução de água salina, em concentrações decrescentes a partir da dose usual, e o controle negativo ocorreu apenas em solução salina. O experimento foi realizado em triplicata, e após 24 e 48 horas de exposição foram contabilizadas as larvas sobreviventes, sendo calculada, por meio de análise estatística, a toxicidade aguda, a Concentração Letal Média (CL50) e a relação dose-resposta. O inseticida foi considerado tóxico, e a toxicidade aguda foi maior após 48 horas de exposição. Além disso, foi possível observar uma relação dose-resposta, entre as concentrações e a mortalidade dos organismos expostos. Assim, é importante destacar que é fundamental o monitoramento dos efeitos tóxicos desse inseticida, considerando que é um produto bastante utilizado no âmbito agrícola.
Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos amplamente utilizados no âmbito agrícola para controlar pragas e doenças. O modelo de agricultura predominante no Brasil baseia-se no uso demasiado desses produtos e atualmente o país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo. Apesar de possibilitar o crescimento da produção agrícola, a utilização excessiva de agrotóxicos causa consequências à saúde humana e ao meio ambiente. O objetivo deste estudo foi avaliar os possíveis efeitos tóxicos, citotóxicos e genotóxicos do inseticida ciromazina utilizando o bioensaio com Allium cepa. Os bulbos saudáveis de cebola foram expostos a diferentes dosagens do inseticida, além dos controles positivo e negativo por um período de cinco dias. Após o qual, foi realizada a análise macroscópica para a avaliação da toxicidade, sendo contabilizado o número de raízes germinadas e o comprimento das três maiores raízes de cada bulbo. Para a avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade, foram confeccionadas lâminas para análise das células em diferentes fases do ciclo celular. O inseticida testado foi tóxico para A. cepa, inibindo a germinação e o crescimento radicular em diferentes concentrações averiguadas. Além disso, foram observados efeitos citotóxicos nas duas maiores concentrações analisadas. O composto foi considerado genotóxico, pois induziu aberrações cromossômicas e micronúcleos nas células, especialmente nas maiores dosagens. O estudo contribuiu com informações relevantes acerca da toxicidade e genotoxicidade do inseticida ciromazina em A. cepa, mas também indica a necessidade de pesquisas adicionais em outros organismos teste.
<p>As infecções bacterianas e a resistência antimicrobiana, particularmente de <em>Klebsiella pneumoniae, </em>continuam sendo uma das questões mais desafiadoras que ameaçam a saúde das pessoas em todo o mundo. Compostos naturais derivados de plantas têm recebido atenção considerável por seu papel potencial como antibacteriano e para mitigar a resistência a antibióticos. Sendo assim, o linalol é um importante metabólito secundário encontrado em grande variedade de plantas e apresenta diversas propriedades farmacológicas, incluindo atividade antibacteriana. Portanto, este estudo teve como objetivo investigar a atividade antibacteriana do linalol contra <em>Klebsiella pneumoniae</em> e suas interações com a ATP sintase através do <em>docking</em> molecular. Nesse trabalho foram realizados ensaios <em>in vitro</em>, onde foi aplicado a técnica de microdiluição em caldo obtendo a concentração inibitória e bactericida mínima (CIM e CBM). Além disso, o procedimento adotado para o <em>docking</em> molecular foi o de ancoramento com a proteína rígida e os ligantes flexíveis. As análises <em>in vitro</em> mostraram que o linalol teve efeito bactericida contra <em>K. pneumoniae</em> na concentração de 256 µg/mL. E o <em>docking</em> molecular revelou que o linalol interage com o centro ativo da subunidade B da ATP sintase com energia de ligação Δ<em>Ε</em> = -3,63 kcal/mol. Nesse estudo foi demonstrado que o linalol é uma molécula capaz de induzir a morte bacteriana e que preditivamente esse efeito possivelmente ocorre por interrupção na síntese de ATP.</p>
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