A Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) é uma modalidade de tradução audiovisual acessível, que difere das legendas para ouvintes (LO) pela indicação dos falantes e de efeitos sonoros. A plataforma Dell Accessible Learning vem implementando a LSE nas videoaulas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), de modo a acessibilizar o material produzido para o público surdo. Para a elaboração da LSE, utiliza-se o programa Subtitle Workshop 6.0b e os parâmetros de legendagem disponíveis no Guia para Produções Audiovisuais Acessíveis (2016). Nele, há uma compilação de várias pesquisas em legendagem, que fundamentaram as orientações para profissionais que trabalham na área, sendo, também, uma das referências desta pesquisa. O objetivo deste artigo é apresentar uma proposta de readequação dos parâmetros utilizados na elaboração da LSE de videoaulas produzidas para o AVA da referida plataforma, para que o conteúdo possa atender às necessidades das pessoas surdas e ensurdecidas.
REsumoEste artigo tem como principal objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa experimental sobre o comportamento ocular de espectadores surdos e ouvintes enquanto leem legendas para surdos e ensurdecidos (LSE) em um documentário. O estudo manipulou duas variáveis independentes: a velocidade da apresentação das legendas e a segmentação linguística na quebra de linha. As legendas foram apresentadas bem e mal segmentadas (quando a segmentação se dava no interior de um sintagma) e nas velocidades de 145 e 180 palavras por minuto (ppm). Dezesseis adultos participaram do estudo, dos quais oito eram surdos e oito ouvintes. Os resultados sugerem que as legendas mal segmentadas levaram a uma movimentação ocular dos participantes em que se constatou maior número de movimentos regressivos, atrasos na primeira fixação da legenda e perdas de leitura de partes da legenda, além do maior custo de processamento durante a leitura das legendas. Palavras-chaves: legendagem para surdos; segmentação linguística; movimentação ocular. AbsTRACTThis article aims to present the results of an experimental research on the eye movements of deaf spectators and listeners while reading subtitles for the deaf and hard of hearing (SDH) in a documentary. The study manipulated two independent variables: the speed of the presentation of the subtitles and the linguistic segmentation in the line break. Subtitles were presented well and badly segmented (when segmentation occurred within a phrase) and at speeds of 145 and 180 words per minute (wpm). Sixteen adults participated in the study, from which eight were deaf and eight were hearing. The results suggest that the poorly segmented subtitles led to an eye movement of the participants in which there was a greater number of regressive movements, delays in the first fixation of the subtitles and loss of reading of parts of the subtitles, besides the higher processing cost during reading.
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