Este estudo discute a questão da sociedade da informação, suas aplicações teóricas no campo da administração, seus desdobramentos para o mundo do trabalho e o acesso à informação dentro de uma concepção de governança. A partir do método dialético, afirmamos que os benefícios apontados pelas premissas desta sociedade refletem negativamente no trabalho, atuando como um elemento de precarização e desvirtuação social do trabalho. Afirmamos que as concepções ideológicas da Revolução da Informação, precarizam o trabalho e responsabilizam o trabalhador, transferindo das organizações o espaço de trabalho, controlando as diferentes fases do trabalho e responsabilizando o trabalhador por seu sucesso ou fracasso.
O trabalho refere-se aos processos educacionais vividos no Município de Boa Vista do Ramos, um dos 62 municípios do Estado do Amazonas. Ao caracterizar o homem amazônico que vive nos cantos e encantos da Princesinha do Ramos o descrevemos como um sujeito que conhece e reconhece seus conterrâneos, aquele que tem um jardim na frente da casa e uma horta no quintal. A pesquisa contou com a participação de 88 professores que participaram do Projeto de Extensão Saberes da Terra / 2017 e que são regentes de turmas multisseriadas nas escolas localizadas nas comunidades rurais do município. Foram realizadas entrevistas com os professores, aplicação de questionários, acompanhamento das aulas ministradas, conversas com a equipe escolar, observação direta de todo o contexto que gira em torno do processo educativo e das informações quanto à pesquisa. Analisamos as práticas, ao mesmo tempo em que oferecemos subsídios para reflexões críticas levando em conta os parâmetros teórico-metodológicos da Pedagogia Histórico-Crítica de Saviani que foi aplicada nos eixos articuladores do projeto e operacionalizada no eixo temático Cultura, Trabalho, Educação, Subjetividade e Identidade no Campo, desenvolvido durante a formação. Ressaltamos a experiência por possibilitar as reflexões didático-pedagógicas além, é claro, de orientar a direção para uma concepção filosófica que atenda às necessidades do homem do campo.
Existe uma crescente demanda por qualidade em todos os setores da sociedade, e a educação é um dos campos com maior preocupação. A expansão do ensino superior no Brasil foi muito intensa na última década, e a abertura de novos cursos de Administração foi uma das marcas deste processo. Neste cenário de grande oferta, a exigência de qualidade destes cursos, sejam públicos ou privados, tem sido a tônica. Esta pesquisa buscou identificar e mensurar, com base na aplicação de um questionário sobre percepção da qualidade, previamente validado por Souza et al. (2014), a opinião dos alunos de um curso de Administração em uma instituição de ensino superior federal. Para a análise dos resultados do questionário, utilizou-se a escala de classificação proposta por Timossi et al. (2009), ajustada a uma escala Likert de cinco níveis. A dimensão Relacionamento Docente foi a que apresentou melhor desempenho (62,22), e a dimensão Aspectos Tangíveis (42,02) foi a que teve o pior desempenho, sendo que a avaliação global dos cursos foi considerada satisfatória com 64,29 pontos na escala de Timossi et al. (2009).
Discute a relação trabalho e educação no campo Amazônico levando em consideração a questão da exploração do trabalho infantil. Contextualizamos o espaço Amazônico, discutimos o direito da criança em ser criança e os fundamentos teórico-metodológicos que subsidiam a educação do campo. A pesquisa é parte do Projeto do Curso de Aperfeiçoamento Educação do Campo, vinculado ao Programa Escola da Terra e utiliza a observação participativa, questionários para traçar o perfil dos alunos e projeto de pesquisa visando identificar as realidades comunitárias, onde as crianças participam da realização do trabalho em família. Assim, afirmamos que o trabalho exercido na agricultura familiar não é exploração do trabalho infantil, mas um processo socializador e de aprendizagem, pois é o momento de repassar os saberes tradicionais para as crianças e os jovens. As dificuldades detectadas para a implantação da Educação do Campo no Amazonas destacamos: a fragilidade dos movimentos sociais no Estado, a rotatividade por que passam os professores devido as formas de contratação, o processo de nucleação e a introjeção dos valores urbanos no contexto rural. Estes problemas podem ser combatidos com a organização dos povos que vivem na floresta, na várzea e nos rios, resgatando a relação trabalho/educação como primordial para o enfrentamento das adversidades.
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