O artigo discute a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT), a partir da nova institucionalidade, com a implementação dos Institutos Federais (IFs) no âmbito das políticas públicas e educacionais no Brasil, no governo Lula, destacando os movimentos sociopolíticos envolvidos em sua constituição. A análise metodológica centra-se em um estudo bibliográfico e documental com consulta à legislação e aos documentos normativos do Ministério da Educação (MEC), ancorada no método histórico-dialético. A discussão nos permitiu uma análise dos movimentos históricos, socioeconômicos e políticos que marcaram a consolidação dos Institutos Federais (IFs). Em síntese, a nova institucionalidade caracteriza-se pela transformação das finalidades e do tipo de trabalho desenvolvidos, e pela mudança no público que acessa à nova instituição através da política de expansão. Tal fato trouxe avanços educacionais significativos em termos de desenvolvimento regional e inserção social, embora existam limitações e desafios para a materialização das ações políticas-educacionais que atendam às finalidades de sua criação.
Resumo O artigo faz uma revisão do conceito de precarização do trabalho. O método de exposição e análise segue a abordagem do materialismo histórico dialético. A escolha das fontes seguiu a pesquisa bibliográfica e de campo, com amparo da análise de conteúdo temático-categorial. Apontam-se alguns elementos precarizantes do trabalho docente nos Institutos Federais (IFs), como o fetiche da nova carreira nos IFs, a verticalização e a intensificação do trabalho. Discute-se que há na instituição uma polivalência exigida pela verticalização do trabalho. Essa intensificação precariza o trabalho docente à medida que exige do professor maior esforço mental; conhecimento de processos diversos; adaptabilidade de sua prática à diversidade de turmas em que atua; trabalho emotivo diversificado; intensificação de sua lógica de atuação, de atenção e de controle; maior tempo de preparação das aulas e de conteúdos para abordar em sala de aula. Assim, a porosidade de trabalho, o tempo de reflexão e o tempo de não-trabalho são engolidos pelas atribuições de preparação do trabalho. Por fim, aponta as dimensões da práxis que a categoria precarização deve apresentar no campo da interpretação e luta do/pelo trabalho docente. O texto conclui que as mediações entre teoria e práxis devem compreender a precarização como termo político, um processo caleidoscópico para apreender a exploração constante do novo quantum do trabalho, sem a alteração de seu estatuto, além dos reflexos subjetivos de sofrimento, do adoecimento provocado pelas transformações constantes, impostas à organização do trabalho. Dessa forma, nos IFs, o processo de verticalização do trabalho torna a ação docente precarizada.
O trabalho refere-se aos processos educacionais vividos no Município de Boa Vista do Ramos, um dos 62 municípios do Estado do Amazonas. Ao caracterizar o homem amazônico que vive nos cantos e encantos da Princesinha do Ramos o descrevemos como um sujeito que conhece e reconhece seus conterrâneos, aquele que tem um jardim na frente da casa e uma horta no quintal. A pesquisa contou com a participação de 88 professores que participaram do Projeto de Extensão Saberes da Terra / 2017 e que são regentes de turmas multisseriadas nas escolas localizadas nas comunidades rurais do município. Foram realizadas entrevistas com os professores, aplicação de questionários, acompanhamento das aulas ministradas, conversas com a equipe escolar, observação direta de todo o contexto que gira em torno do processo educativo e das informações quanto à pesquisa. Analisamos as práticas, ao mesmo tempo em que oferecemos subsídios para reflexões críticas levando em conta os parâmetros teórico-metodológicos da Pedagogia Histórico-Crítica de Saviani que foi aplicada nos eixos articuladores do projeto e operacionalizada no eixo temático Cultura, Trabalho, Educação, Subjetividade e Identidade no Campo, desenvolvido durante a formação. Ressaltamos a experiência por possibilitar as reflexões didático-pedagógicas além, é claro, de orientar a direção para uma concepção filosófica que atenda às necessidades do homem do campo.
Nas disputas entre capital e trabalho, manifestam-se, nos diversos territórios amazônicos, processos intensos de exploração de recursos minero-energéticos, invasão de terras para o agronegócio, monocultivo e criação de animais com o objetivo de atender os interesses do mercado. A fim de o capital se expandir, acumular e concentrar cada vez mais, as ações predatórias visam homogeneização de identidades culturais e, para tentar impedir as lutas de resistência, buscam o silêncio dos povos e comunidades tradicionais.
O artigo analisa a materialidade do trabalho e a sua organização na comunidade de Nogueira/Alvarães/Amazonas, apresentando um panorama das relações de trabalho na Amazônia. Os procedimentos metodológicos foram estudos bibliográficos e de campo, tendo o materialismo histórico dialético como método para apreciação e análise dos dados. Conclui-se que no campo das terras, águas e florestas, a força de trabalho relaciona-se aos ciclos da natureza e que, frente à ausência/insuficiência de políticas públicas de Estado, cabe aos/as trabalhadores/as enfrentar diversos desafios.
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