As distâncias entre pobres e ricos tornam-se cada vez mais acintosas no Brasil, isso se evidencia pelas desigualdades sociais. Os paradoxos existentes entre as teorias sobre pobreza e seus indicadores, a educação do pobre e as desigualdades sociais levam as pessoas a fazerem escolhas educacionais pautadas pela dimensão econômica, o que faz evidenciar as desigualdades sociais e o preconceito contra o pobre. Perpetuam-se, assim, as segregações sociais baseadas nas desigualdades de origem. Nesse contexto, este escrito reflete sobre a educação dos pobres, sob a égide das desigualdades sociais, como forma de desqualificação educacional. Esclarece os conceitos polissêmicos sobre pobreza e os indicadores que denunciam as desigualdades sociais no Brasil. Trata-se de um estudo bibliográfico e documental com base em organismos nacionais e internacionais, no qual infere-se que a pobreza vista somente sob os aspectos socioeconômicos intensifica os propósitos neoliberais ao alimentar a cultura da pobreza. Por fim, a educação que se volta ao pobre corre o risco de entregar à sociedade uma pessoa que atenda às expectativas do “mercado” de trabalho, ainda que de forma desqualificada. O que ratifica, infelizmente, um modelo de escola pobre para os pobres.
O objetivo do presente trabalho é tecer um exame crítico de propostas de tradução de alguns conceitos importantes da teoria histórico-cultural de Lev Semionovitch Vigotski. Busca-se demonstrar que algumas dessas propostas refletem um modo ocidental particular de pensar cujas bases se diferenciam bastante dos fundamentos filosóficos e metodológicos da teoria de Vigotski. Parte-se de um rápido exame da natureza da atividade de tradução e segue-se apresentando alguns problemas e exigências para a elaboração de uma nomenclatura científica própria da psicologia. Em seguida, examinam-se os conceitos de zona blijaichevo razvitsia [zona de desenvolvimento iminente/proximal], obutchenie [instrução/aprendizagem] e retch [fala/linguagem], criticando-se algumas propostas de tradução para os mesmos e apontando equívocos a que conduzem na interpretação e compreensão da teoria histórico-cultural elaborada por Vigotski.
O texto apresenta informações sobre os esforços de recuperação da obra de Vigotski na Rússia, uma breve descrição e análise do conteúdo do primeiro volume das Obras Completas do autor. Apresenta a resenha sobre o teatro infantil, publicada por Vigotski em 1923, com comentários de Sobkin, o organizador do referido volume. Analisa-se a posição de Sobkin sobre as resenhas teatrais de Vigotski, nas quais há indícios da origem de algumas ideias do pensador a respeito do desenvolvimento infantil. Indica-se e discute-se o argumento a favor da recuperação de sua obra, examinando-se os principais aspectos que mantêm suas ideias atuais.
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