O presente estudo buscou contribuir para a valorização do gênero miniconto a partir da compreensão teórica de sua natureza e da seleção e análise de obras divulgadas por concursos literários na Internet. Para esse intento utilizamos, principalmente, os trabalhos dos brasileiros Capaverde (2004), Gonzaga (2007), Spalding (2008) e Sanfelice (2009), além de conceitos de expoentes clássicos da teoria do conto, como a unidade de efeito de Poe, a abertura epifânica de Cortázar, a teoria do iceberg de Hemingway e a teoria de que um conto sempre conta duas histórias, atribuída a Borges e desenvolvida por Piglia. Como resultados, pudemos constatar que existem excelentes exemplares do gênero a circular quase que incógnitos pela rede de computadores e que sua análise reafirma o potencial de significação que trazem em seu pequeno corpo, uma vez acionada uma leitura ativa eficiente. Concluímos que, pelo seu caráter compacto e pela sua grande capacidade de produzir interpretações, o gênero se presta para a formação do leitor crítico. Ao final, recomendamos que a pesquisa educacional na área de leitura volte sua atenção para esse filão ainda por explorar.
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