ResumoObjetivo: Verificar a incidência de sífilis congênita em neonatos, em maternidade de hospital público.Métodos: A pesquisa foi realizada na maternidade do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no período de maio a setembro de 1996. Foram entrevistadas 361 puérperas e realizados os exames físicos de seus recém-nascidos. Ambos foram submetidos a 3 exames sorológicos: VDRL, FTA -Abs, ELISA IgM. Para o diagnóstico de sífilis congênita, empregaram-se os critérios indicados pelo Ministério da Saúde em 1993.Resultados: A incidência de sífilis congênita foi de 9,1% (33); em 14 casos, houve um ou mais sinais indicativos da doença: prematuridade, hepatomegalia, natimortalidade, esplenomegalia, neomortalidade, distensão abdominal, obstrução nasal, icterícia, recém-nascido pequeno para a idade gestacional. A maioria das mães com sífilis estava na faixa de 20 a 35 anos de idade (81,8%); 60,6% eram casadas; 63,6% haviam realizado o pré-natal; 48,5% referiram abortos espontâneos e 12,1% episódios de natimortalidade, em gestações anteriores; 12,1% confessaram consumir drogas. Bissexualidade paterna foi registrada em 9,1% dos casos.Conclusão: Os programas de controle da sífilis e os cuidados pré-natais não estão conseguindo prevenir a incidência expressiva da moléstia.J. pediatr. (Rio J.). 1999; 75(2):119-125: sífilis congênita, recém-nascido. AbstractObjective: To determine the incidence of congenital syphilis among newborns at the maternity of a public hospital.Methods: The study was conducted at the maternity of Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, from May to September 1996; 361 mothers were interviewed, and physical examination was performed in their newborns. Serum samples from both, mothers and neonates, were tested using three methods: VDRL, FTA -Abs, ELISA IgM. The diagnosis of congenital syphilis was established according to the criteria defined by Ministério da Saúde in 1993.Results: The rate of congenital syphilis was of 9.1% (33); in 14 cases, there were one or more signs of the disease: prematurity, hepatomegaly, stillbirth, splenomegaly, perinatal death, abdominal distention, nasal stuffiness, jaundice, newborn small for gestational age. The majority of the infected mothers belonged to the age group of 20-35 years (81.8%); 60.6% were married; 63.6% received prenatal care; 48.5% reported previous spontaneous abortion, and 12.1% previous stillbirth. The rate of bisexuality among fathers was of 9.1%. Conclusion:The syphilis control measures and the prenatal care, have not been sufficient to prevent the high rate of the disease.J. pediatr. (Rio J.). 1999; 75(2):119-125: congenital syphilis, newborn. IntroduçãoCom o advento da penicilina, diminuiu muito a incidência de sífilis. Porém, o número de casos relatados aumentou a partir de 1980 nos EUA 1 e, atualmente, a sífilis representa sério problema de saúde pública em muitos países, inclusive no Brasil 2 .A sífilis pode ser transmitida ao concepto em qualquer fase da gravidez. A OMS estima em 85,0% a taxa média de transmissão vertical em ges...
Introdução Séculos antes de Cristo, a prática do aleitamento materno já era uma preocupação da humanidade. Formas alternativas de alimentação do lactente, que não o seio materno, apareceram inicialmente com as amas-de-leite e, posteriormente, com as mamadeiras e as fórmulas lácteas 1. Neste século, nos países industrializados, houve um declínio progressivo da amamentação. Os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, acompanharam essa tendência. A partir de 1981, com a implantação da Campanha Nacional de Incentivo ao Aleitamento ao Seio, tem havido uma progressiva melhora dessa situação em nosso país. Estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa evidenciou na Grande São Paulo aumento da prevalência do Resumo Objetivo: Verificar a época do desmame parcial e total, bem como causas alegadas para o desmame precoce, de lactentes atendidos em ambulatório. Métodos: Foram entrevistadas 259 mães de crianças de 12 a 24 meses de idade, no Ambulatório de Pediatria da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Resultados: Constatou-se que apenas 3,9 % das crianças receberam leite de vaca (fórmula láctea) ainda no período neonatal. Entretanto, para 62,9 % dos bebês foi ofertado chá e/ou água no primeiro mês de vida. As justificativas mais freqüentes para a administração de chás foram: "cólicas, gases e sede da criança". Somente 18,5 % dos lactentes foram desmamados completamente dentro dos 6 primeiros meses de vida, sendo que 62,6 % foram amamentados por 12 ou mais meses. Houve melhora significativa do tempo de amamentação em relação a trabalho anterior, realizado 10 anos antes, no mesmo ambulatório. As mães explicaram o desmame total no primeiro semestre de vida de seus filhos, dizendo com mais freqüência: "a criança não quis mais" e "o seio secou". Conclusão: A despeito dos resultados animadores no que diz respeito à duração da amamentação, os esforços devem persistir em favor do aleitamento ao seio, para evitar introdução precoce de chás e/ou água.
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