A bronquite é caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo de ar nos pulmões causados por significativa exposição a partículas ou gases nocivos, principalmente a fumaça do cigarro. O presente estudo avaliou a incidência de internações de bronquite entre as faixas etárias 10 a 14 anos e 15 a 19 anos nos anos de 2014 a 2019, assim como, a predominância entre sexo e raça no estado do Paraná. Houve coleta e análise de dados do DATASUS, recorrendo ao intervalo entre 2014 a 2019. Como critério de inclusão houve analise dos conteúdos de internações, sexo e raça comparando entre as faixas etárias de 10 a 14 anos e 15 a 19 anos. Em consideração ao número de internações referentes a bronquite entre 10 a 14 anos em relação ao Paraná no espaço temporal de 2014 (89) a 2019 (40) houve redução de 55,05% dos casos, já analisando a faixa etária de 15-19 anos em 2014 (102) a 2019 (50) houve redução de 50,98%. A análise dos sexos na faixa etária de 10 a 14 anos, o sexo masculino em 2014 (43) a 2019 (21) diminuiu em 51,16%; o sexo feminino, na mesma faixa etária, em 2014 (46) a 2019 (19) houve redução em 58,69%. Analisando a faixa etária de 15 a 19 anos para o sexo masculino no espaço temporal de 2014 (44) a 2019 (24) temos redução de 45,45%; analisando o sexo feminino, na mesma faixa etária, e no espaço temporal de 2014 (58) a 2019 (26), temos a redução de 55,17%. Analisando as raças na faixa etária de 10 a 14 anos; a raça branca, no espaço temporal de 2014 (63) a 2019 (21), apresentou redução em 66,66%; a raça preta no espaço temporal de 2014 apresentou 2 casos, enquanto 2019 não houve casos; a raça parda, no espaço temporal de 2014 (6) a 2019 (20), houve aumento em 233%; a raça amarela, de 2014 a 2019 não houve casos; enquanto a raça indígena os dados são inexistentes. Analisando a faixa etária de 15 a 19 anos; a raça branca em 2014 (69) a 2019 (30), apresentou redução em 56,52%; a raça preta no espaço temporal de 2014 a 2019 não apresentou casos; a raça parda no espaço temporal de 2014 (9) a 2019 (3), apresentou redução em 66,66%; a raça amarela permaneceu com 1 caso em 2014 a 2019; enquanto a raça indígena os dados são inexistentes. Com base na análise dos dados do DATASUS referente ao conteúdo de internações, pode se concluir que no período de 2014 a 2019 houve redução em mais de 50% dos casos tanto na faixa-etária de 10 a 14 anos, quanto de 15 a 19 anos, sendo a redução de 55,05% e 50,98%, respectivamente. Além disso, em ambas as faixas etárias o sexo feminino foi o que apresentou maior redução dos casos. Por fim, concluiu-se também que entre as raças, na faixa etária de 10 a 14 anos, a parda apresentou um aumento de casos, totalizando 20 casos, enquanto que na faixa etária de 15 a 19 anos, a raça parda foi a que apresentou maior redução (66,66%).
A neoplasia maligna do encéfalo, é um tipo de tumor cerebral, sendo uma porção de células anormais originadas dentro do tecido cerebral. As complicações dessa condição dependem da localização do tumor. Algumas delas podem se formar na presença de outro câncer não diagnosticado. Nesse estudo foi feito a avaliação da incidência de internações e óbitos de neoplasia maligna do encéfalo no estado do Paraná-Brasil, entre as faixas etárias 50 a 80 anos e mais, na faixa temporal de 2014 a 2019, assim como, a predominância entre os sexos. Houve a coleta e análise de dados do DATASUS, recorrendo ao intervalo de tempo entre 2014 a 2019. Como critério de inclusão analisou-se os conteúdos de internação e óbitos, nas faixas etárias de 50 a 80 anos e mais, além dos sexos, foi realizado cálculo de extremos. Em consideração ao número de internações da neoplasia maligna do encéfalo na faixa de 50 a 59 anos, o sexo masculino apresenta, entre 2014 (68) e 2019 (128), aumento em 88,24%, o sexo feminino entre 2014 (92) e 2019 (138), teve aumento de 50%; analisando a idade de 60 a 69 anos no sexo masculino entre 2014 (84) e 2019 (144), ha aumento em 71,43%, já o sexo feminino, entre 2014 (75) e 2019 (145) aumentou 93,33%; a faixa etária de 70 a 79 anos, o sexo masculino, apresenta entre 2014 (53) e 2019 (64), aumento em 20,74%, já o sexo feminino, nessa faixa etária, entre 2014 (44) e 2019 (82) apresentou aumento em 86,36%. A faixa etária 80 e mais, no sexo masculino, em 2014 (12) e no ano de 2019 (15), aumentou em 25% Analisando o sexo feminino, nessa faixa etária, entre 2014 (14) e 2019 (23) ha um aumento em 64,29%. Sobre a análise de óbitos entre a faixa etária de 50 a 59 anos, o sexo masculino apresenta entre 2014 (15) e 2019 (22) aumento em 46,67%; enquanto, o sexo feminino na mesma faixa etária, entre 2014 (20) e 2019 (17) diminuiu em 15%. Na próxima faixa etária, de 60 a 69 anos, analisando o sexo masculino, entre 2014 (19) e 2019 (21) apresentou aumento em 10,53%. No sexo feminino, na mesma faixa etária, 2014 (18) até 2019 (19) aumentou 5,56%. Assim, entre 70 e 79 anos, o sexo masculino entre 2014 (15) e 2019 (12), diminuiu 20% e no sexo feminino, nesta faixa etária o ano de 2014 (9) e 2019 (11), aumentam em 22,22%. Enquanto a faixa etária de 80 anos e mais, no sexo masculino em 2014 (4) e 2019 (5) verificou-se um aumento em 25%; sobre o sexo feminino, essa idade não apresenta, entre 2014 (3) e 2019 (3), alteração. Conclui-se, que em ambos os sexos, no período de 2014 a 2019, em todas as faixas etárias houve aumento nas porcentagens de internação por neoplasias malignas de encéfalo. Em relação ao óbito pela doença, o maior percentual de aumento foi visto no sexo masculino entre 50 a 59 anos, reduzindo o numero de óbitos desse sexo apenas entre 70 e 79 anos. Comparando os sexos, as mulheres apresentaram menor taxa de aumento de óbito que os homens, reduzindo entre 50 a 59 anos e se mantendo constante na população com 80 anos e mais, enquanto que no sexo masculino a única redução de óbitos foi entre 70 a 79 anos.
A hemorragia intracraniana é caracterizada pelo inicial sangramento no parênquima encefálico, podendo acometer o espaço meníngeos e posteriormente os ventrículos. Os principais fatores de risco incluem, hipertensão arterial pré-adquirida; pertencer ao sexo masculino; idade avançada; uso de drogas ilícitas; dieta rica em gorduras, fatores genéticos relacionados ao estado do endotélio. Análise sobre óbitos por hemorragia intracraniana de São Paulo-Brasil, entre a faixa etária de 60 a 69 e 70 a 79, no espaço temporal de 2014 a 2019, assim como, a predominância em sexo e etnia. Foi feito no presente estudo coleta e análise de dados do DATASUS, recorrendo ao intervalo entre 2014 a 2019. Como critério de inclusão houve analise dos conteúdos de óbitos, comparando entre as faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 a 79 anos, e a predominância em sexo e etnia; foi feito exclusão dentro de etnia a indígena, por falta de informações. A incidência de óbitos por hemorragia intracraniana, na faixa etária de 60 a 69 anos, no sexo masculino entre 2014 (212) e 2019 (270), um aumento de 27,36%; analisando a questão da morte nas etnias, as pessoas brancas entre 2014 (114) e 2019 (143) aumentam 25,44%; as pretas entre 2014 (9) e 2019 (22) aumentaram 144,44%, enquanto as pardas entre 2014 (40) e 2019 (75) aumentaram 87,50%; as amarelas entre 2014 (3) e 2019 (0) reduziram em 3 unidades. Na faixa etária de 70 a 79 anos, os óbitos, no sexo masculino entre 2014 (153) e 2019 (179) aumentaram 16,99%. Analisando as respectivas etnias, a etnia branca em 2014 (92) e 2019 (106) aumentou 15,22%, a preta, em 2014 (4) e 2019 (11) aumentou 175,00%, a parda entre 2014 (24) e 2019 (37) aumentou 54,17% e por último, a amarela, entre 2014 (2) e 2019 (1), reduziu 50,00%. Fazendo a análise do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos, entre 2014 (164) e 2019 (264) houve aumento de 60,97%. Verificando as etnias dessa faixa etária, a branca apresenta entre 2014 (93) e 2019 (150) aumento de 61,29%; a preta entre 2014 (12) e 2019 (20) aumento de 66,67%; já a parda entre 2014 (23) e 2019 (59) teme aumento de 156,52%; e por fim, a amarela entre 2014 (1) e 2019 (2) aumentou 100%. Vendo a faixa etária de 70 a 79 anos, o sexo masculino entre 2014 (153) e 2019 (179) teve aumento de 16,99%; o sexo feminino entre 2014 (142) e 2019 (162) 2019 (103) aumento de 43,05%; analisando a preta, em 2014 (7) - 2019 (14) aumentou 100%; e a parda apresenta entre 2014 (31) - 2019 (28) redução de 9,68%; e por fim da análise, a amarela, que apresenta aumento entre 2014 (1) e 2019 (2) de 100%. A partir do estudo realizado, conclui-se que a etnia branca apresenta maior incidência de óbitos por hemorragia intracraniana dentre pessoas do sexo masculino, sendo que são idosos com idade entre 60 a 69 anos. Já no caso de homens entre 70 a 79 anos, comparando os anos 2014 e 2019, houve prevalência por aumento de 17% de óbitos pela doença.
O trauma abdominal é um dos mais prevalentes no contexto do politrauma. Devido ao seu potencial lesivo, está relacionado aos múltiplos quadros que elevam as taxas de morbidade e a mortalidade, assim, o trauma é a causa mais comum de morte em pessoas com menos de 45 anos de idade, representando mais de 10% das lesões traumáticas. Além disso, o baço é o órgão mais comumente lesado em traumas abdominais contusos, onde o trauma esplênico é o mecanismo de trauma que causa as lesões mais graves, sendo a lesão grau III a mais comum. 80% dos pacientes com lesão esplênica grau III, IV ou V descreveram apenas dor abdominal em seus prontuários e nestes casos pode ser aderido o tratamento conservador, o qual constitui o tratamento de escolha no trauma contuso em pacientes hemodinamicamente estáveis, na ausência de lesões de vísceras ocas. Este trabalho tem como objetivo enaltecer os benefícios do tratamento conservador em pacientes com trauma esplênico, estáveis e lúcidos, desde que haja uma boa condição hospitalar para atendê-los. Paciente chega ao hospital estável, orientado em tempo e espaço, com dor em região de face à esquerda, tórax à esquerda (durante a palpação de região de arcos costais, sem sinais hematomas ou de enfisema subcutâneo). Além disso, relata dor leve à palpação de região periumbilical à esquerda e não apresenta dor à palpação de coluna cervical, dorsal ou lombar. A ecografia mostrou líquido livre em cavidade, disperso, em grande quantidade, suspeitando de sangue na cavidade. Foi solicitada tomografia computadorizada de abdome que mostrou lesão esplênica grau III (AAST) e hematoma parenquimatoso contido, além de, presença de líquido livre peri-hepático em cavidade abdominal e baço heterogêneo com contornos irregulares e material hiperdenso de permeio, sugerindo hematoma capsular. Optou-se por um tratamento conservador, com tomografia de abdome e exames laboratoriais diários. Com isso, o paciente apresentou boa evolução e após 7 dias de internamento, realizou-se a alta hospitalar. O tratamento não-operatório de lesões esplênicas grau III, no trauma abdominal contuso, é uma opção segura desde que o hospital esteja adequadamente equipado e o paciente se encontre hemodinamicamente estável. É necessário que o hospital tenha uma equipe cirúrgica em tempo integral e recursos materiais, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.
A COVID-19, causador da pandemia global, pelo novo Coronavírus, SARS-CoV-2, é uma infecção viral respiratória que na maioria das vezes os infectados são assintomáticos. Porém, a infecção pode cursar com resfriados comuns até doenças mais graves como a Síndrome Respiratória Aguda (SARS), falência múltipla de órgãos e choque séptico. A gravidade da doença depende da faixa etária atingida e de fatores de risco associados. Contudo, pacientes sintomáticos podem apresentar também coagulopatias, como trombose venosa profunda, trombose arterial e embolia pulmonar devido ao excessivo processo inflamatório, disfunção endotelial, estase e ativação plaquetária. A alteração mais frequente pela infecção é a plaquetopenia e a elevação do D-dímero e ambas se relacionam com o aumento da necessidade de ventilação mecânica, cuidados intensivos e morte.Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico de embolia e trombose arterial no período da pandemia do COVID-19 na região do Paraná,do mês de março até agosto de 2020.A fonte de dados utilizada foi o registro do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Este estudo compreendeu como estratégias metodológicas a análise de informações, tais como: internações no período,variáveis demográficas como sexo e idade,etnia,tempo de internação e taxa de mortalidade.O presente estudo evidenciou que os homens foram mais acometidos por eventos tromboembólicos durante a pandemia do COVID-19. No total, do período de março a agosto de 2020 no Paraná, foram identificados 830 pacientes internados por coagulopatias, sendo que 56,9% eram homens. Além disso, em agosto houve o maior número de casos de internamento de ambos os sexos, com prevalência maior para o sexo masculino, cerca de 91 casos. Entretanto, o estudo mostrou que houve uma taxa de mortalidade maior entre as mulheres (12,04%) do que os homens (6,77%), sendo a maioria das mulheres na faixa etária de 60 a69 anos e de cor/raça preta. Na Região Metropolitana do Paraná houve o maior número de casos de internações, cerca de 27,2%, porém, a maior taxa de mortalidade foi na cidade de Ivaiporã, com 17,65% dos casos. Segundo os dados obtidos nesse estudo, o COVID-19 tem grande relação com as coagulopatias, visto que os pacientes com a infecção estão sujeitos à um excessivo processo inflamatório que leva a alterações na coagulação. Então, no período da pandemia do COVID-19, foi constatado que o tromboembolismo e a trombose arterial estão mais prevalente sem homens. Este fato que pode estar relacionado à má aderência do tratamento estipulado por médicos e devido ao maior número de homens com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
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