A auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu com a proposta demonitorar e verificar o cumprimento dos princípios básicos do SUS. O objetivo deste estudo é compreender o funcionamento do processo de auditoria nos três níveis de gestão, além de entender o papel do enfermeiro auditor. Trata-se de uma revisão de literatura constituída por artigos científicos nacionais, relatórios, portarias, decretos e leis disponíveis em sites governamentais publicados a partir de 1993, ano de criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA). Conclui-se que, conhecidos os mecanismos de avaliação do Sistema, pode-sed trabalhar para aperfeiçoar o SUS e melhorar o atendimento aos usuários.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é definida como um nível de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Nela ocorre o processo de territorialização, buscando conhecer a área adscrita à unidade de Saúde da Família (USF). Assim, este relato de experiência de um enfermeiro residente em Saúde da Família tem como objetivo expor a importância do mapa digital no processo de territorialização para melhorar a assistência à saúde na APS. Em meio à pandemia de covid-19, que impôs o distanciamento social, surgiu a ideia da criação do mapa digital nas plataformas Google Earth e Maps, com o propósito de suprir a prática da territorialização, que tinha somente um desenho do espaço, antigo e desatualizado. Sendo assim, esse recurso tecnológico tornou-se um aliado para traçar os determinantes de saúde, para o estudo dos indicadores em saúde e para a redistribuição das equipes, contribuindo para o aumento da cobertura da Atenção Básica, o conhecimento dos equipamentos sociais, a resolutividade das ações de promoção da saúde e prevenção das doenças e, consequentemente, a qualidade da assistência. Seu uso é de fácil manuseio e obteve uma boa adesão e eficácia nas ações dos profissionais e pacientes.
Pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem qualitativa, que investigou a sistematização da consulta de enfermagem no Programa Saúde da Família (PSF), tendo por objetivo geral analisar o modo de realização das Consultas de Enfermagem com usuários do PSF; e, por objetivos específicos, descrever as atividades que caracterizam a consulta de enfermagem nas equipes desse Programa, identificar os fatores que interferem na sistematização da consulta de enfermagem realizada por essas equipes e conhecer a compreensão dos enfermeiros e enfermeiras sobre a sistematização da consulta. A pesquisa desenvolveu-se por meio de um estudo realizado no distrito de Saúde do Subúrbio Ferroviário da cidade de Salvador, local das primeiras equipes de implantação dessa estratégia no Estado da Bahia, Brasil, no período de novembro de 2004 a janeiro de 2005, tendo como sujeitos dez enfermeiras que trabalham nas equipes de PSF desse distrito e que concordaram em participar do estudo, cujo critério de seleção foi atuar nas dez primeiras equipes de PSF implantadas há mais de um ano na cidade. Um formulário próprio foi utilizado como instrumento de pesquisa, contendo perguntas objetivas, identificando os sujeitos, os serviços e descrevendo a sistematização da consulta de enfermagem por essas equipes. Destacaram-se, a partir de um quadro de análise, 5 categorias: 1ª) Vivenciando a implantação da equipe de PSF; 2ª) O desenvolvimento da consulta de enfermagem pelos serviços; 3ª) Reconhecimento das etapas da consulta de enfermagem; 4ª) Percepção da importância da sistematização das consultas; 5ª) Identificação dos fatores intervenientes à viabilização da consulta de enfermagem. Constatou-se, na primeira categoria, que o mapeamento da área não foi realizado de forma preconizada pelos profissionais contratados. Já na segunda, os resultados indicaram que a consulta de enfermagem é uma atividade que as enfermeiras precisavam realizar de forma sistemática, mas, como não tiveram preparação suficiente para efetivá-la, restringem- -se a algumas etapas realizadas de modo assistemático, atendendo prioritariamente, ao modelo da clínica. Na terceira categoria, identificou-se que a consulta é feita de modo singular pelos membros da equipe na dependência de sua motivação individual. Grande parte das entrevistadas desconhece as etapas que normatizam a atividade e, quando identificadas, estão incompletas. Na quarta, percebe-se, em alguns discursos, a negação e a falta de importância a elas atribuída. E na última categoria, ata-se a ausência de recursos materiais, de organização dos prontuários, de impressos e de recursos estruturais. A falta deles é apontada como aspectos negativos para a sistematização da consulta. Chegou-se à conclusão que: 1) O mapeamento realizado indica que há equipes atuando fora da sua área adstrita real, enfrentando problemas de ordem geográfica e dos treinamentos direcionados a essa estratégia de saúde. 2) O modo de utilização da consulta é aleatório e assistemático, atendendo, prioritariamente, ao modelo da clínica, com enfoque na coleta e no levantamento dos problemas relacionados à enfermidade, sendo a consulta uma atividade apontada como conflitante, já que o profissional não teve preparação nem recursos suficientes para efetivá-la. 3) A maior parcela de entrevistadas desconhece todas as etapas da consulta, sua normatização, padronização no PSF. 4) Apesar de não haver sistematização, as entrevistadas indicaram a necessidade de um protocolo e sinalizaram que a existência dele daria maior segurança, direção e ordenação no trabalho de atendimento ao cliente. 5) Dentre os aspectos negativos apontados, identificou-se a falta de recursos materiais; carência de recursos estruturais, tais como a ventilação e as condições dos ambientes de atendimento; a falta de formação; ausência de protocolos para o atendimento e ainda de respaldo legal para prescrição e diagnóstico de enfermagem nos programas; a falta de proximidade da enfermeira(o) com as famílias; e de reconhecimento dos problemas dos sujeitos que vivem na área. Palavras-chave: Enfermagem. Enfermagem em saúde comunitária. Consulta de enfermagem.
Este trabalho discute o direito do usuário à informação, à comunicação e a obrigatoriedade dos serviços de informarem. Apresentam-se os marcos regulatórios sobre a temática no Brasil e a percepção do representante dos usuários no Conselho Municipal de Saúde de Salvador, Bahia. A legislação prevê a participação dos usuários na interlocução com profissionais de saúde, gestores e pesquisadores, como estratégia para adesão ao cuidado e garantia da qualidade da atenção à saúde. O Programa Nacional de Segurança do Paciente preconiza a implantação de instrumentos para a gestão de informações e implementação de fluxos e canais de comunicação que assegurem o direito à informação. Contudo, verifica-se que, apesar da vasta legislação e das Tecnologias de Informação e Comunicação disponíveis, a realidade enfrentada pelos usuários e seus familiares na busca por informações é divergente do normatizado. O acesso à informação é entendido pelo representante dos usuários como precário, e a falta de comunicação, bem como a sonegação de informações são tidas como barreiras a serem enfrentados na busca da atenção à saúde eficaz. A transparência e a disponibilização das informações podem contribuir na adoção de práticas mais seguras e custo efetivas nos serviços de saúde, fazendo cumprir a sua obrigação de informar. Palavras-chave: Serviços de saúde. Usuários. Direito à informação. Comunicação.
Objetivo: Este ensaio teórico objetiva discutir a dinâmica de inovação na dimensão organizacional para conhecer as estratégias que possibilitam a criação das condições internas favoráveis à inovação no processo de produção e prestação de serviços de saúde, superando desafios e alcançando melhor desempenho no setor. Metodologia/abordagem: Abordam-se as definições de inovação, caracterizando as principais concepções, configurando-as em elementos conceituais e tipos de inovação envolvendo o cuidado/atendimento de pessoas nas Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde, a partir da compreensão do complexo econômico-industrial do setor de saúde. Principais resultados: Os elementos conceituais característicos da inovação compreendem a novidade para a organização prestadora de serviços de saúde, o componente de aplicação e benefício pretendido, manifestando-se no tipo de inovação de processo e de serviço nas organizações de saúde, impactando como categoria de inovação radical e incremental, envolvidos em atividades de desenvolvimento ou aquisição e atos preparatórios com foco estratégico em tecnologias. Contribuições acadêmicas: A partir da análise e configuração, verificou-se a dinâmica de inovação com elementos conceituais e tipologias envolvidos em atividades e atos preparatórios com foco em tecnologias manifestados nas Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. Além disso, sugere-se uma agenda de pesquisas em organizações com ênfase da prestação de serviços hospitalares pela complexidade, volume produzido e por serem a parte visível da Política de Saúde. Contribuições práticas: Espera-se com este trabalho chamar atenção para as práticas de gestão envolvidas na dinâmica de inovação em serviços de saúde, que se revelaram estratégicas e, se encorajadas, favorecerão superar desafios inerentes ao setor com melhor desempenho.
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