Este artigo objetiva investigar como questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) constituintes da área de conhecimento “Matemática e suas Tecnologias” podem ser implementadas em sala de aula considerando uma perspectiva de educação matemática crítica subsidiada pela modelagem matemática. Para isso, foram examinadas, com o apoio da análise de conteúdo, as 45 questões que compuseram a edição 2021 – aplicação regular, a fim de identificar as temáticas abordadas e os objetivos para a atividade matemática requerida na resolução. Três categorias foram construídas, as quais estão associadas a ambientes de aprendizagem sistematizados por Ole Skovsmose. Cada categoria foi interpretada à luz de discussões teóricas e experiências de modelagem matemática presentes na literatura, observando aspectos que podem suscitar debates alinhados à educação matemática crítica. Observamos potencialidades em todos os cenários, em alguns mais que em outros, para o encaminhamento de atividades de modelagem matemática, desde que professor e alunos assumam diferentes posicionamentos no fazer matemática. Porém, nem todos os temas mostraram-se profícuos para promover discussões alinhadas à educação matemática crítica, sendo necessário que o professor fomente tais discussões e complemente ou oriente o aluno a fazê-lo em busca de mais informações.
As discussões sobre o uso da modelagem matemática têm revelado que atividades desse tipo podem atender a interesses e necessidades da formação matemática dos estudantes na contemporaneidade - no que diz respeito à avaliação da aprendizagem dos alunos mediante essas atividades, entretanto, ainda há inquietações. Compartilhando destas, apresentamos resultados decorrentes de uma pesquisa em que alunos que participaram do desenvolvimento de atividades de modelagem matemática foram submetidos, um ano após esse desenvolvimento, à resolução de questões em que os conteúdos que emergiram daquelas atividades estavam envolvidos. A pesquisa está associada ao Programa Observatório da Educação e apresenta reflexões acerca do desempenho de estudantes do 5º ano do ensino fundamental ao realizarem questões vinculadas à Prova Brasil, instrumento utilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como base de cálculo para obtenção do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados apontam para o potencial da modelagem matemática em abordar conteúdos curriculares, propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e sinalizam a aprendizagem dos estudantes, em particular, nos anos iniciais do ensino fundamental.
Com o objetivo investigar como alunos da Educação Infantil mobilizam o raciocínio proporcional em uma atividade de modelagem matemática, analisamos uma atividade de modelagem matemática desenvolvida com 17 alunos de uma turma de maternal III, de 3 e 4 anos, em um Centro Municipal de Educação Infantil, público, localizado no Centro Ocidental Paranaense. Os dados foram coletados por meio de gravações em áudio, vídeo, registros fotográficos, anotações em diário de campo dos pesquisadores e produções escritas dos alunos. Os dados foram submetidos à uma análise qualitativa a partir da qual sinalizamos os indícios de mobilização do raciocínio proporcional, com base nos sete aspectos caracterizados por Lamon (2012). Os encaminhamentos dos alunos para a atividade de modelagem matemática indicam que ao interpretar a situação-problema, eles identificaram grandezas, observaram seus comportamentos e inferiram relações entre elas, mobilizando os aspectos: quantidades e covariação, raciocínio relativo, partilha e comparação, unitização e medição.
O propósito deste artigo é refletir sobre o funcionamento da linguagem expresso nos jogos de linguagem em atividades de modelagem matemática. A reflexão se pauta, para além de um quadro teórico relativo às considerações do filósofo Ludwig Wittgenstein, nos encaminhamentos dos alunos em uma atividade de modelagem desenvolvida em uma disciplina de Modelagem Matemática por alunos do sétimo período de um curso de Licenciatura em Matemática. Os dados são provenientes dos relatórios dos alunos e de notas de aula do professor. A análise da atividade, seguindo uma atitude terapêutica, como se lê na filosofia segundo Wittgenstein, por um lado, nos leva a ponderar que atividades de modelagem nos desvencilham da imposição de jogos de linguagem frequentemente praticados nas aulas de matemática, possibilitando jogos de linguagem que atuam como forma de organizar nossas experiências com o mundo por meio da matemática. Por outro lado, a modelagem matemática na sala de aula pode se organizar por jogos de linguagem que pouco nos livram de uma matemática fundamentalista, nos aprisionando em um conjunto de regras em que seguimos etapas associadas a uma atividade de modelagem, mas pouco nos desviamos da linguagem simbólica reconhecidamente aceita em uma forma de vida, não deixando fluir o conhecimento e a imprevisibilidade dos jogos de linguagem, como menciona Wittgenstein.
As discussões sobre o uso da modelagem matemática têm revelado que atividades desse tipo podem atender a interesses e necessidades da formação matemática dos estudantes na contemporaneidade – no que diz respeito à avaliação da aprendizagem dos alunos mediante essas atividades, entretanto, ainda há inquietações. Compartilhando destas, apresentamos resultados decorrentes de uma pesquisa em que alunos que participaram do desenvolvimento de atividades de modelagem matemática foram submetidos, um ano após esse desenvolvimento, à resolução de questões em que os conteúdos que emergiram daquelas atividades estavam envolvidos. A pesquisa está associada ao Programa Observatório da Educação e apresenta reflexões acerca do desempenho de estudantes do 5º ano do ensino fundamental ao realizarem questões vinculadas à Prova Brasil, instrumento utilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como base de cálculo para obtenção do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resultados apontam para o potencial da modelagem matemática em abordar conteúdos curriculares, propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e sinalizam a aprendizagem dos estudantes, em particular, nos anos iniciais do ensino fundamental.
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