A adolescência é um período de transformações, no qual as pessoas estão sensíveis aos fenômenos sociais, comunitários e familiares, como as drogas e a violência. Em comunidades marginalizadas, estes fenômenos são vivenciados em maior intensidade, e fragilizam a coesão e integração social. Inserido neste cenário, a escola é concebida como fator de proteção e integração social, o que impõe aos profissionais da educação e gestores escolares conhecimentos e habilidades necessárias para a prevenção e o enfrentamento de situações de violência e uso de álcool e outras drogas, fenômenos comuns nos cenários educacionais. De modo a subsidiar políticas públicas e institucionais, torna-se imprescindível realizar diagnóstico situacional dos conhecimentos e habilidades de professores, bem como da existência de mecanismos institucionais para a prevenção e enfrentamento aos fenômenos que agravam a vulnerabilidade social dos adolescentes. Objetivou-se realizar o diagnóstico situacional dos conhecimentos e habilidades dos professores no enfrentamento aos fenômenos das drogas e violência, bem como da existência de mecanismos institucionais para a prevenção das referidas problemáticas, no âmbito de uma instituição de ensino pública federal, inserida no entorno do Distrito Federal. Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados mediante aplicação de entrevistas semiestruturadas com professores. Foram entrevistados 35 docentes. O projeto foi aprovado em Comitê de Ética sob protocolo 3.196.541. Nosso estudo aponta para a ausência de conhecimentos e/ou formação, o que representou dificuldades para o uso de estratégias e manejo para o enfrentamento ao uso de álcool e outras drogas no contexto escolar, bem como violência. Espera-se que, a presente pesquisa incentive novos estudos sobre a temática e amplie a visão dos gestores quanto à complexidade do assunto.