Esta pesquisa resulta de uma análise abrangente da literatura recente sobre a pandemia de COVID-19 e suas interações com aspectos espaciais. São objetivos deste artigo i) demonstrar os primeiros resultados da pesquisa de sistematização de bibliografias que constituem interlocuções entre a Geografia e as áreas da Saúde, tendo como foco investigações acerca da pandemia de COVID-19 em diferentes escalas geográficas; ii) destacar os principais periódicos e origens dos artigos que apresentam tal interlocução; iii) evidenciar eixos temáticos estruturantes do debate sobre a dispersão do patógeno em questão; e iv) apontar lacunas de pesquisa que sejam úteis à formulação de pesquisas futuras. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática da literatura baseada na seleção de 28 palavras-chave comumente presentes em estudos geográficos, às quais somaram-se termos relativos à COVID-19. O Portal de Periódicos da CAPES foi a principal fonte de pesquisa, tendo sido identificadas 8.319 publicações revisadas por pares entre janeiro de 2020 até o presente momento. Com as filtragens baseadas em critérios de relevância, e concordância com a pergunta inicial da pesquisa “o que sabemos sobre a dimensão espacial da COVID-19?”, reduziu-se a 173 o montante de artigos analisados. Os resultados evidenciam expressivo número de produções associado ao Norte Global, embora no Sul Global pesquisadores brasileiros se destaquem nos estudos que associam a abordagem espacial à pandemia de COVID-19. Também concluímos que há um consenso entre pesquisadores do mundo, devido ao significativo volume de produções que aspectos como a identificação de cluster e padrões espaciais; a mobilidade; o comportamento humano; o meio ambiente; o ambiente construído; a dimensão social e a integração entre dimensão social e ambiental; são extremamente relevantes para a compreensão e análise sobre a pandemia de COVID-19.
Este artigo relata a realidade de uma das mais dinâmicas e complexas periferias metropolitanas da Região Metropolitana de Belo Horizonte: a região de Bandeirinhas, localizada na porção central do município de Betim, cujo espaço geográfico é marcado por múltiplas formas de uso e ocupação, caracterizadas pela precariedade das habitações, falta de espaços de lazer e entretenimento, além de grande dependência funcional das áreas centrais de Betim e Belo Horizonte. Seu processo de ocupação histórica vem sendo fortemente impactado pela expansão do setor industrial de Betim, sendo marcantes em Bandeirinhas a presença de profundas desigualdades socioespaciais e contradições. Os grandes projetos de intervenção que se anunciam para a região deverão provocar substantivas alterações nas formas de uso e ocupação do solo, além de uma recomposição da estrutura social.
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