Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que destaca- se por sua prevalência e incidência crescentes, considerado em âmbito nacional e internacional como uma das principais síndromes de evolução crônica. O tratamento medicamentoso do DM é complexo podendo abranger diferentes fármacos com várias dosagens, assim como aplicações diárias de insulina exógena. Sendo que existem evidências de que quanto mais complexo o tratamento medicamentoso menor a adesão. O cuidado farmacêutico representa um processo eficaz nesse contexto, pois tem como objetivo avaliar a relação do usuário com o tratamento proposto e compreender os problemas de adesão apresentados. Objetivo: Analisar a adesão dos pacientes portadores de diabetes mellitus, adesão farmacoterapêutica em pessoas com diabetes melittus, em insulinoterapia, em acompanhamento do Cuidado Farmacêutico, na Estratégia de Saúde da Família, na zona norte, do município de Recife, Pernambuco. Métodos: Desenvolveu-se um estudo analítico-descritivo, de abordagem quantitativa e de caráter observacional e transversal. A coleta de dados foi realizada por visitas domiciliares ou através de agendamentos de consultas farmacêuticas individuais, o qual foi solicitado a levar suas receitas médicas, medicamentos e exames laboratoriais. A coleta de dados ocorreu pela aplicação de dois questionários: um de caracterização sociodemográfica e de saúde e de adesão à terapia versão em português da Morisky Medication Adherence Scale (MMAS-8) adaptada. Resultados: Participaram do estudo 23 usuários, predominantemente do gênero feminino (73,9%). A idade dos participantes variou de 18 a 78 anos, com média de 57,1 anos, e a faixa etária mais frequente foi de 60 a 69 anos (30,4%). A distribuição por escolaridade, observa-se que a maioria possuía menos de 8 anos de estudo (74,0%), sendo desses 08 (34,9%) declarados analfabetos e 09 possuem ensino fundamental incompleto. Verificou – se a prevalência de não adesão, no qual 19 (82,6%) participantes não aderiram ao tratamento, sendo também realizada a análise bivariada das características sociodemográficas e epidemiológicas dos usuários em relação à adesão terapêutica, sendo a variável esquema terapêutico apresentou associação estatisticamente significante (p= 0,036), mostrando que os usuários que faz um esquema terapêutico menos complexo (apenas um medicamento), apresentaram uma melhor adesão. Conclusão: Os resultados indicam uma alta prevalência da não adesão com possíveis impactos negativos para os usuários e para a sociedade. Diante destes dados, fazem-se necessárias estratégias que visem potencializar o trabalho das equipes de saúde da família, a simplificação do regime terapêutico e a adequação da linguagem utilizada durante as informações para a minimização deste problema de saúde pública.
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