Resumo: Partimos do pressuposto que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (UNESCO, 1948) teve o mérito de ampliar as conquistas sociais, que têm contribuído para o exercício da democracia social e a liberdade do indivíduo, mesmo considerando-se as condições objetivas materiais. Considerando a conquista do direito de acesso de todos à educação, consolidado nos Estados democráticos, cumpre-nos refletir sobre suas implicações e impactos sociais. Nosso estudo envolve a inclusão em educação, em sua perspectiva alargada, com base na participação dos diversos grupos sociais. Sendo assim, o direito propalado representa exigências e desafios à sociedade, uma vez que as leis não democratizam a escola e, sim, suas experiências pedagógicas inclusivas. Essa questão de investigação deriva de nossa experiência como pesquisadora, que nos possibilitou a inserção ao longo de um ano em um colégio público de ensino médio na cidade do Rio de Janeiro, período no qual tivemos acesso aos documentos do colégio, bem como aos professores. Sustentados pelo referencial da teoria crítica no pensamento de Adorno, e pelo referencial conceitual-analítico que implica na articulação entre as dimensões de construção de culturas, desenvolvimento de políticas e orquestração de práticas (BOOTH; AINSCOW), tecemos nossa discussão com base nas percepções dos professores em relação ao direito de todos à educação, buscando refletir sobre as questões que se constituem como exigências e desafios para se estabelecer efetivamente experiências inclusivas no cotidiano das escolas.
O presente artigo tem como objetivo apresentar a análise das memórias de experiências excludentes dos professores/as, como elemento formativo, desenvolvido no Curso de pós-graduação em Educação Física escolar na perspectiva inclusiva. Este estudo é parte de uma pesquisa, cujo eixo central busca compreender os processos de inclusão/exclusão na formação/ação de professores de Educação Física. Neste artigo, apresentamos o Abecedário da Inclusão estruturado em pressupostos teórico-metodológicos que confrontam as bases sociais que forjam cotidianamente a exclusão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, contando com 19 docentes em formação continuada, que consentiram em rememorar suas experiências passadas na fase de escolarização. Os principais resultados apontaram a necessidade de se elaborar as “marcas" das exclusões vividas no passado para que se possa admitir um porvir sem a reprodução de estereótipos, rótulos e preconceitos, dando força, sentido e materialidade em um fazer político-pedagógico que se identifica e se relaciona com os valores humanitários da inclusão.
Este artigo é parte integrante da pesquisa de doutorado cujo objetivo foi analisar as relações entre as contribuições da Formação Cultural (Biulding) à Formação Acadêmica no âmbito do Curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense – UFF, à luz da Teoria Crítica da Sociedade, com ênfase no Componente Curricular de Atividades Culturais. São apresentados elementos referentes às perspectivas da Universidade contemporânea, devido à defesa da ação e do pensamento autônomos do indivíduo e pela influência da Indústria Cultural sobre a formação. Os resultados expressam o potencial cultural da Universidade no enfrentamento da racionalidade instrumental, que tem como projeto a formação aligeirada, reducionista e fragmentada na pseudo tentativa de atender às demandas do mundo do trabalho. Por fim, identificamos as possibilidades da formação à vida e à experiência humana.
Marta Cardoso Guedes (SME/IBMR) Resumo Neste artigo temos como objetivo discutir a transformação de alguns aspectos da vida contemporânea, como o desaparecimento da experiência e o declínio da narração. Embasados na Teoria Crítica da Sociedade, trouxemos à tona as reflexões de Adorno, Horkheimer e Benjamin sobre a sociedade moderna e, portanto, administrada. Para os referidos autores as formas de organização e as relações humanas foram cunhadas pelo pensamento ordenador, que diz respeito ao modo pelo qual o processo racional de esclarecimento impossibilita uma relação substancial entre experiência e pensamento em nome do progresso da sociedade. Frente a isso, entendemos que devemos recusar a coisificação do indivíduo e pela educação para a individuação temos a possibilidade de formar o indivíduo imbricado com o coletivo, ou seja, sem perder a universalidade que nos constitui.
O presente artigo se relaciona às experiências de formação docente inclusiva na perspectiva do Ensino Colaborativo desenvolvidas pelo LaIFE – Laboratório de Inclusão, Formação Cultural e Educação, vinculado à Universidade Federal Fluminense - UFF. Trata-se de um recorte do projeto de pesquisa e extensão, que ocorreu na modalidade remota, em razão da pandemia da Covid-19, que ascende a formação de professores fundada na relação com a práxis, contextualizada e dialógica, que articula saberes científicos, pedagógicos e da experiência. Embasadas pelo referencial da Teoria Crítica e da pedagogia freiriana, neste texto, nos lançamos ao desafio de elaborar tessituras com os conceitos de ensino colaborativo e inédito viável, almejando o fortalecimento do processo de ruptura com as práticas pedagógicas excludentes, rumo à inclusão. Sustentadas pelo aporte teórico, privilegiamos narrativas abrindo espaço às experiências vividas registradas no caderno memorial, que toma por corpus os relatos de experiências registrados ao longo do curso de formação. A análise dos dados visa destacar os vínculos que se entretecem entre a compreensão do ensino colaborativo com o inédito viável e, assim, apreender e problematizar seus sentidos, bem como iluminar suas potencialidades no contexto da inclusão escolar. Os resultados apontam que precisamos avançar na formação inicial e continuada na perspectiva do ensino colaborativo como um inédito viável, buscando os enredamentos de formação humana calcada na sensibilidade e no tensionamento da cultura em prol do direito de todos à educação.
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