Este artigo visa analisar a construção de personagens femininas negras nos contos “Aramides Florença” e “Mirtes Aparecida da Luz”, enfatizando a resistência e representatividade da maternidade negra, em “Insubmissas lágrimas de mulheres” (2011), de Conceição Evaristo. Tais mulheres protagonizam histórias de luta pela concretização de condições dignas de vida e de liberdade, ressaltado nas narrativas em abordagens singulares. É latente, nos textos, o ecoar de vozes/vidas/escritas utilizadas como mecanismos de combate contra o racismo e o machismo vigentes na literatura brasileira. Nesse sentido, a literatura de Evaristo se opõe à cunhada nas tradições eurocêntricas e escravocratas ao eleger linhas discursivas diferentes da hegemônica, tendo em vista realçar as diversidades culturais e vivências de promoção e empoderamento negro, além de recriar contextos de enunciação, contrapondo-se ao insistente silenciamento negro, em especial da mulher negra. O aporte teórico utilizado foi o lugar de fala, a voz e a letra da mulher na literatura marginal periférica, na concepção de Dalcastagnè (2012) e Ribeiro (2017), a personagem, no estudo de Brait (2017), dentre outros. Nos textos de Conceição Evaristo, as vidas negras têm importância e são construídas de forma humanizada.
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