Resumo Embora a presença da filosofia no ensino médio seja preconizada em vários referenciais curriculares nacionais nas últimas décadas, sua presença no Enem no mesmo período ocorreu de forma lenta e inconstante. Através de uma análise da evolução de quantitativo e cobertura de itens de filosofia ao longo das edições do exame, este trabalho ilustra alguns desafios e possibilidades que o exame oferece à implementação de referenciais curriculares. O estudo ganha particular relevância com a recente publicação da Base Nacional Comum Curricular e a anunciada reforma do ensino médio. O artigo é dividido em três partes: 1) panorama quantitativo do componente de filosofia no Enem; 2) análise das habilidades e competências mobilizadas pelos itens de filosofia nas diferentes fases do exame; e 3) considerações sobre a BNCC à luz das possibilidades e desafios para a filosofia apresentados no corpo deste trabalho.
Resumo Este artigo analisa a adesão dos itens de filosofia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) às Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Ocem), de 2006, como um estudo de caso da relação entre referencial curricular e avaliação em larga escala, usando como referencial teórico o ciclo de políticas de Stephen Ball e Richard Bowe (BALL; BOWE, 1992; BOWE, BALL; GOLD, 1992; MAINARDES, 2006). Este estudo torna-se particularmente relevante dada, por um lado, a intermitência da filosofia nessa etapa de ensino, e, por outro, a iminente reformulação do exame, a partir da publicação da Base Nacional Comum Curricular. Por meio dessa análise, reforça-se a tese de que a operacionalização dos documentos curriculares no exame não é automática, nem garantida. Ao analisar as Ocem como parte de uma rede de políticas educacionais para o ensino médio, da qual o Enem e a nova BNCC também são parte, este artigo visa contribuir para o fortalecimento da filosofia no ensino médio, ao destacar pontos de continuidade e pontos de tensão entre nodos anteriores desta rede. Este estudo é dividido em três partes: 1) um panorama quantitativo da cobertura dos conteúdos de filosofia das Ocem ao longo dos vinte anos do Enem, pontuando lacunas que ainda persistem; 2) apresentação de alguns fatores que explicam essas lacunas, em particular as diferenças nas origens e objetivos de cada um desses instrumentos; 3) análise qualitativa de como as diferenças conceituais entre as Ocem e o Enem se manifestam nas temáticas de filosofia abordadas na prova ao longo dos anos. Como conclusão, apresentam-se alguns pontos de reflexão acerca da perspectiva para a filosofia no exame nesse novo horizonte pós-BNCC.
Este artigo analisa os eixos temáticos que as Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) apresentam para a filosofia no ensino médio, de forma a verificar como esses eixos se materializaram em situações-problemas em itens de filosofia ao longo da história do Enem. Através de uma análise da evolução de quantitativo e cobertura de itens de filosofia ao longo das edições do exame, este artigo ilustra alguns desafios e possibilidades que o exame oferece à implementação de referenciais curriculares. Tal discussão é particularmente importante neste momento em que se pensa na construção de um novo Enem a partir do Novo Ensino Médio e da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente considerando a ênfase que os PCN+, o Enem bem como a BNCC e a lei do Novo Ensino Médio dão a conceitos como integração, interdisciplinaridade e autonomia com forma de superar a fragmentação, seja entre conhecimentos, seja entre sujeitos, seja entre teoria e prática. Ao final, apresento algumas indicações sobre como essas reflexões contribuem para sinalizar pontos de atenção em relação à presença da filosofia no exame a partir de sua iminente reformulação a partir da BNCC.
A Resolução nº 3/2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), é analisada com base nos marcos normativos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em sua versão original de 1998 e em sua reformulação de 2009. Tomam-se os termos- chave atuais e os das versões anteriores, e como eles foram (ou não) operacionalizados, a fim de oferecer caminhos para se avançar da teoria para a prática, especialmente quanto à adoção e à operacionalização de conceitos de protagonismo juvenil, interdisciplinaridade, contextualização e autonomia. Essa comparação permite entender os pressupostos teórico-metodológicos de cada modelo, de modo a subsidiar a discussão sobre como será o novo Enem, pós-Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pós-pandemia da Covid-19. Na conclusão, propõe-se que alguns elementos da versão original do exame, aliados às tecnologias desenvolvidas nas últimas duas décadas, podem contribuir para um novo desenho do Enem que se ajuste tanto às normativas legais quanto ao novo contexto social decorrente da pandemia da Covid-19.
Resumo Embora a presença da filosofia no ensino médio seja preconizada em vários referenciais curriculares nacionais nas últimas décadas, sua presença no Enem no mesmo período ocorreu de forma lenta e inconstante. Através de uma análise da evolução de quantitativo e cobertura de itens de filosofia ao longo das edições do exame, este trabalho ilustra alguns desafios e possibilidades que o exame oferece à implementação de referenciais curriculares. O estudo ganha particular relevância com a recente publicação da Base Nacional Comum Curricular e a anunciada reforma do ensino médio. O artigo é dividido em três partes: 1) panorama quantitativo do componente de filosofia no Enem; 2) análise das habilidades e competências mobilizadas pelos itens de filosofia nas diferentes fases do exame; e 3) considerações sobre a BNCC à luz das possibilidades e desafios para a filosofia apresentados no corpo deste trabalho.
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